quinta-feira, 1 de março de 2012

Desafio alheio

A vida é um desafio e Hagia é demasiado cobarde para a viver.
Vive presa a padrões e lições que não a movimentam em prol de saborear a vida.
Maldição ou a sua própria traição?!
Adormeceu na monotonia do dia a dia, na loucura do mesmo, na alimentação de um destino sem noção.
Não gosta, não ama, não prospera, somente na sua solidão desespera.
A vida não tem cor, não tem sentido, mudar no rumo que se avizinha, tormento é nas penumbras de um passado.
Agonia-lhe a alma do sorrir alheio, do amor desvaneio, de um olhar sem receio.
Morta de alma, viva de corpo, deixa-se embalar numa dança de agonia, de viver aquilo que não lutou nem sonhou em viver. De lutar aquilo que ambicionava, mas a vida lhe roubava nas desgraças e ameaças da página de cada jornal e das promessas de cada ladrão que canta a sua canção para a multidão.
Desgostosa venera o brilho de uma espada como prova de uma balada que jamais ao amado será cantada e na agonia da sua cobardia morre sobre o seu próprio sangue derramado.