Tonta Hagia

Sombras da noite deliciantes - Salvador Dali

Desculpem mais uma vez as palavras que escrevo, lamento ter de estar sempre a partilhar com vos coisas tristes e sentimentos contraditórios... Desculpem por não encontrar um sentido nesta fase da minha vida.

A tristeza mais uma vez invandiu a minha alma depois de uma noite conturbada de emoções e recordações.

Sentindo logo pela manhã o sol a invadir o meu quarto, desejei que fosse um dia diferente, especial.

Mas até agora tem estado carregado de energias negativas, as nuvens apagaram o mágico e inspirador brilho do sol, a chuva fez questão de me envolver nos seus braços molhados.

As pessoas com que me traçei descarregavam as suas energias negativas em mim como se a culpa de andarem mal consigo mesmas ou com o mundo fosse minha.

Senti-me perdida num mundo dos "grandes", da realidade fria da sociedade, perdida no que escolhi ser e sinto que não nasci para ser.

Arrependo-me desta escolha que fiz, do curso, dos colegas que me acompanham, dos amigos que se dizem ser, arrependida de um sonho que alimentei durante tantos anos, vir para Coimbra.

Estou farta, sinto tamanha solidão, estou farta de encontrar fugas em caminhos de perdição.

Quero partir daqui e não voltar, estou farta de estar desintegrada, eu mereço mais, eu mereço ser mais... Preciso que me valorizem me deêm a devida atenção.

Eu ao escolher isto acabei por apagar tanto do que eu era, da minha alegria natural, do meu sorriso.

Tenho saudades de apesar de fazer tantas vezes de "palhaça" as pessoas rirem com as minha brincadeiras, as minhas peças de teatro, de escrever e proclamar os meus poemas e textos, de ser o que sou.

Agora vivo para um curso que não me diz nada, de arrependimento de ter ouvido os outros e não ter seguindo o que ambicionava.

Pago caro a escolha que fiz, custa-me agora desisitir não quero desgostar os meus pais depois de tanto sofrerem com a minha partida.

A chuva cai lá fora como as lágrimas sobre a minha face, a minha dor está escura como o céu...

Não há ninguém por ai que me ajude???

Eu não sou hoje o ser mais recomendável mas um dia prometo que retribuirei...

Tonta Hagia.....

Longa Noite

A noite teima em não ser minha amiga.

Mais uma noite em branco, mas hoje em vez de pôr-me a matutar em futilidades e em sentir a dor da minha alma, pus-me a arrumar o meu quarto.
Perdida por entre papéis e mais papéis encontro fotografias de um passado tão próximo mas ao mesmo tempo tão distante.
Saudades das brincadeiras com os colegas de turma, dos bailaricos, do teatro que era a minha fuga espiritual e até dos futéis amores platónicos que em tempos vivi coisas fúteis numa realidade em si fútil.
Ainda me encontro muito presa ao passado mas são estas vivências que me fazem continuar a sorrir.
Na altura não lhes dava o devido valor mas agora apertam com uma saudade tão intensa no meu coração que lentamente escorrem sobre o meu rosto numa lágrima perdida.
As conversas correntes nas aulas, traquinises e até zangas absurdas com a minha companheira de sempre... Não é SML...
Coisas pequenas que fazem em muitas coisas, grande enquanto pessoa, são a imagem do que sou e serei.
Nada bom como passar, apesar de só, uma noite a recordar o passado.
Apesar de tudo há recordações que infelizmente só mesmo recordando com uma dor profunda...
A última noite sonhei com um Ente querido que já faleceu...
Ai como a vida é injusta com quem não merece, talvez até seja por isso que inconscientemente temo adormecer, saber que só sonhando, ela está comigo, mas ao acordar sei que ela do céu me está a olhar...
Acordei com uma tal emoção e por ela rezei é a única coisa que poderei fazer já que em vida ninguém a pode salvar do destino certo e tão prematuro que Deus lhe deu...
Um exemplo de vida e de viver foi ela para mim, a pessoa mais forte que acreditou até ao fim que ganharia a sua batalha contra a doença.
Ainda não acredito que ela partiu ao encontro da Luz, mas para mim continua tão viva no meu coração como quando estava ao meu lado.
Espero um dia vir a ter a Fé e a força que só ela teve...
Bolas já estou novamente a chorar...
Vou ver se a noite já fez as pazes comigo e lentamente me embale sobre o seu manto.

**** Boa Noite****

A Imperatriz

À pouco escrevi aquele post e agora para minha surpresa a minha carta do dia dizia o seguinte:

Permitir-se florecer

O conselho que emerge do Tarot para você neste momento, tem a marca do arcano III, chamado “A Imperatriz”.

Este arcano pleno de cor, que sugere o florescimento da beleza, vem lhe chamar a atenção para a importância da auto-estima, do cuidar de si, da aparência. Sabemos que as pessoas falam muito da essência sendo mais importante, mas no mundo em que vivemos é fundamental ter uma boa aparência e, portanto, não se sinta superficial por querer se vestir melhor, tratar a aparência.

Amar a si é o primeiro e fundamental passo para atrair o amor de quem quer que seja!

Além disso, este é um momento de frutificação, de florescimento de ideias, excelente para toda e qualquer forma de materialização de sonhos e intenções.

A fase é ideal para dar amor, não importando se este amor será recíproco ou não.

O simples facto de doar e irradiar afecto lhe será suficiente e lhe permitirá sentir enorme satisfação!

Conselho: Cuidar de si é fundamental!

Muita gente pode não acreditar, nem vivo em função do que as cartas me dizem, elas próprias também erram...

Mas hoje surpreenderam-me muito.....

Ao encontro do meu Ser...

Perdida nos meus afazeres e pensamentos, questiono escolhas do passado e escolhas para o meu futuro.
Onde estaria eu se não estivesse em Coimbra???
Que ambições e lutas tinha entre as minhas mãos, que sonhos alimentava no meu coração???
Não sei...
Assim escolhi este caminho, traçei o meu destino da qual ainda adormecida apalpo no escuro por algo que me leve até algum sitio que tanto desejava.
Sinto-me perdida e desamparada perante um sonho que idealizei mas acabou por esmorecer perante uma realidade oposta.
Lidar com pessoas diferentes, um meio diferente, uma casa diferente... Tem sido uma luta constante da qual não contava.
Compreender com quem lido, a razão de desprezo a sua frieza...
Estava demasiado protegida para agora me deparar com esta realidade.
Senti a minha imaturidade como uma barreira para a vida.
A ideia de já estar crescida, de superioridade caiu por terra num mundo de perdidos.
Agora olho-me de forma diferente, sinto as coisas de forma diferente... Sinto que estou diferente.
Mudaram as minhas ambições e percepções de tudo que me rodeia, sei lidar melhor comigo e com esta solidão que me acompanha.
Custa ainda aceitar, deixo-me tantas vezes deslizar até um poço sem fundo, mas não desisto de lá sair.
Sei guardar as lágrimas e as emoções nas situações, guardei para mim os impulsos e tanta coisa boa que às vezes apetece na ingenuidade partilhar.
Vivo mais em função de mim, na necessidade de mudar no aspecto fisico mas interior especialmente amar-me e respeitar.
"Se não gostar de mim quem gostará". Vivo um pouco em função desta frase, até agora estava mais preocupada em ouvir o que os outros diziam para eu fazer, o que mudar.
Não cheguei a lado nenhum, vivi em função do que não era, mas agora procuro viver em função do que estou a descobrir em mim e do que sou verdadeiramente.
Não estou contente com coisas em mim, vou procurá-las modelar, porque muitas já não vão mudar..
Sinto que finalmente vou ao encontro do meu ser.
Custou e vai custar aceitar tanta coisa com que me vou deparar e pensar, mas agora em função de mim viverei e crescerei.
Está na hora de largar este dependência de tanta gente, esta imaturidade que não me leva a lado nenhum.

A Hagia lentamente descobre o seu verdadeiro Eu!

Eide eu entender...

Remorsos - Salvador Dali

Sentimento que me invade por viver demasiado em função das pessoas que amo

Tirei o dia de hoje para descansar, dedicar a mim e a tudo que gosto. Como descrevi no post a minha pequena fuga por entre as ruas e ao encontro do Rio Mondego, na necessidade de me deixar voar em pensamento para longe do que em mim vai, ajudou criou uma nova inspiração para o que sinto.

Mas o meu puro sorriso se deixou apagar perante um sentimento de raiva, por de uma pequena fuga no caminho de regresso a casa me deparar, com um suposto amigo, cheguei a falar-vos num post anterior a desilução de uma profunda amizade que pensava exisitir.

Falei para ela como se nada tivesse acontecido era eu a lesada, mas por momentos queria esquecer e falar com sempre faziamos, mas o seu desprezo e vergonha era de tal forma fria que me fez sentir a culpada ...

Senti-me triste, mal comigo mesma, desvastada por um acto que não cometi mas tinha de o pagar.

Eide eu entender a razão de tal desprezo???

Podem-me fazer de tudo mas o desprezo para mim é como se roubassem tudo o que tenho. Senti-me um trapo, um ser insignificante... Posso ter muitos defeitos, eu sei que tenho e assumo, sou um ser extremamente complicado de se chegar e entender, mas na amizade dou tudo que for preciso dou tanto que depois tiram-me tudo...

Assim foi, roubou-me um pouco das inspirações da minha vida, a sua alegria, brincadeiras e conversas, mas agora penso em momentos em que precisei de ajuda ela ao meu lado nunca esteve, a sua vida era demasiado preenchida para tirar um momento para falar. Ao seu lado estive sempre, ajudei e vivia com ela os seus problemas, para quê? Agora trata-me como um desconhecido.

O meu problema é viver mais pelos outros do que alguém alguma vez por mim viverá.

Uma das flores com mais espinhos do meu jardim se deixou esmorecer porque quis... Eu criei com todo o amor que tinha, mas a sua vaidade era tanta que acabou por se estagnar.

Cheguei a casa e senti novamente o seu vazio, tranco-me no meu mundo, choro compulsivamente, raiva, raiva, raiva...

Eide eu entender a ausência das palavras de um ser, o desprezo de um amigo, a solidão do meu coração.

Queria tanto neste momento ao meu lado alguém que entende-se o que sinto, falar ou simplesmente sobre os seus braços chorar.

Aqui me deixo mais uma vez entregue a minha solidão...

Filha da noite...

Dedico este post a uma pessoa demasiado especial, uma amiga que marca o meu coração pelos momentos que me tem propocionado, aventuras e caminhos pelas ruas históricas de Coimbra em fuga a dor que acartamos no coração, à solidão ou as mágoas do presente que invadem a nossa alma.

Filhas da noite que procuram conhecer e viver os encantos e ensinamentos sábios com que nos confrontamos, viver a vida, vê-la para a compreender e amadurecer com tais vivências.

Cara "irmã da noite" pensa nesta frase que em cima te deixo...

Estarei sempre aqui, caminhando ao teu lado pelas aventuras da vida...

Novo Raiar

Após mais uma noite de desvaneios e assombrações da minha alma, acordei apesar da tempestade do meu coração, com uma perspectiva diferente do normal.
Deixei-me embalar por mais um novo raiar, afastar a tristeza da minha alma, fechar os meus olhos e sentir o sussurar da vida, do sol sobre mim, da confusão das ruas, do falar e andar das pessoas...
Aquele dia na minha alma era uma raiar de nova era, em que procuraria viver um dia para mim, afastar-me das sombras que me cobriam.
Caminhando por entre ruas, traçando com pessoas e sentimentos, deixo-me ir...
Contemplo o que me rodeia, deixo sentir a alegria ingénua das crianças que brincam pelas ruas... Contemplo e deixo-me silênciar sobre a fuga de tanta gente, sussurar-lhe tamanha tristeza em mim, sentir os seus sábios conselhos...
Sempre retido no seu silêncio acalma-me a alma, deixa-me voar sobre ele, ser aquilo que não sou...
Sentir perante ele com tamanho respeito e ao mesmo tempo no silêncio do seu caminho um estado de calma...

Rio Mondego...

Tantos segredos escondes mas tanta dor acartas de seres que tal como eu perante a tua contemplação largam lágrimas e suspiros, desabafam o que as suas almas acartam.
Agradeço a Deus por ver e sentir a sua criação, de perante tal dor apaziguar o meu coração na contemplação da natureza.
Sinto-me protegida por momentos, acompanhada e amada.
Deixo-me encantar pela ilusão, desejando partilhar tal sentimento de encanto, de sentir no calor de uns braços toda aquela essência mágica que me rodiava.
Afastei tais pensamentos, larguei um enorme sorriso, sentia-me leve, afastada e livre como um pássaro da tempestada da minha alma, o sol brilhava em mim.
Olhei o caminho de returno a monotonia da vida, senti-me invadida de tal receio de perder o meu puro sorriso, mas ao seu encontro caminhei.
Novas perspectivas abriram-se na minha alma, o que um lugar, um momento de reflexão dedicado a mim, afastando-me do balbúcio da vida ajuda a ter uma perspectiva diferente do que sinto.
Não estou bem eu sei mas sempre que aquela dor na minha alma apertar, vou os meus olhos fechar e sentir em mim o tocar leve da essência mágica que o rio Mondego acarta consigo e um longo sorriso largar sempre a imaginar um lado puro de nesta vida de forma diferente amar.

Mais uma noite em branco...

Sinto-me invandida por um sentimento de tristeza....

Saudades de momentos passados,amigos, alegria e aquilo que eu era verdadeiramente

Sinto-me triste como a noite que aconchega no seu regasso os filhos da noite.
O frio da noite escura beija a minha face, as árvores no seu silêncio cantam a tristeza da noite.
As nuvens abraçam a lua e apagam as estrelas.
Sou testemunha do nada, da ilusão, de mais uma noite de reflexão.
O meu pequeno quarto acolhe os meus segredos e tudo silênceia.
Meu terço da mão escorrega, sinto-me a desamparar, Deus a abandonar, como longe daqui gostaria de me encontrar.
Viro e volto a virar mas não há nada que me possa acalmar...
Suspiro em vão, sinto o meu coração...



Procuro palavras, pensamentos, nada define o que a noite para mim guarda, só a triste solidão de mais uma noite sobre a escuridão sozinha me encontrar, fotografias olhar, recordar o passado e por momentos desejar voar e algures num mundo de magia pousar...
Mas a noite em mim teima esta dor acentuar por uma solidão que não pedi, largar meras palavras num mero blog que ninguem lê, que ninguém sente e entende...

Um mundo meu... Assim eu sou um ser que ninguém entende..

Escrever e voltar a reler poemas em cadernos perdidos, folhas ao vento, segredos do degredo que vai em mim.
Custa amar sem ter a culpa de escolher, custa saber que o raiar do dia começa a aparecer a esperança de algo mudar naquele novo raiar...
Mas noutra noite sobre a mesma dor murmurar ,sobre a janela do meu quarto a noite testemunhar e as estrelas do céu continuar a desejar tocar, enquando a solidão lentamente consome o meu coração.

Para pensar...II

Hoje vou dedicar-me a reflexão desta imagem que apresento.

É para pensar...



Hoje a beleza exterior é o paradigma da nossa sociedade...

Ter dinheiro, ter bons carros, viver à custa dos outros, gozar pelas diferenças, roubar, humilhar, invejar.... ai tanto podia aqui descrever a sociedade actual, a triste realidade da qual tenho de sobreviver.

Mas porque tanta diferença???

Nascemos iguais é verdade,com caminhos diferentes vão traçando a sua maneira...

No entanto o fim que nos espera no fim do nosso caminho é igual, acaba por ser sempre a dor obscura, a única certeza da vida, um caminho que por mais que tentemos fugir está certo como destino.

Eu hoje não estou morbida, a sério, mas quando olho para esta frase que está na fotografia penso que sofremos tanto para ser alguém, para amar, viver bons momentos, viver bem, estruturar uma imagem de fachada perante o mundo para nos sentirmos integrados...

Mas para quê???

A vaidade humana é cinza sobre a campa, morre-se e todos esqueçem quem foi, o que fez o que era...

É mais um no meio de tantos...

A morte iguala todos no fim do caminho, posiciona o rico e o pobre lado a lado, o bonito e o feio...

Perante a morte tudo o que se tinha é reflexo do nada, igualando a prova de que não somos nada...

*

Mas caros leitores esta é uma pequena reflexão...

Mas apesar da dor que muitas vezes vivemos, de incertezas e ilusões, de uma escuridão da qual muitas vezes nos deparamos a vida tem coisas boas...

Temos de as saber viver percorrer o nosso caminho não prendendo a ideais e estatutos fúteis da sociedade, temos de viver para ir ao encontro do objectivo da nossa vida, que no fim de contas é o nosso passaporte.

O que está para lá não sabemos, mas pode ser o espelho do que cá fazemos e vivemos...

Viver um dia de cada vez, saborear e encontrar a essencia da vida...

Se todos reflectissem esta frase talvez este mundo fosse diferente...

By Hagia

so confused..............................................................................................................................

Time Out

Estou a precisar de um tempo meu...

Tenho vivido demasiado em tão pouco tempo.

Preciso urgentemente de um Time Out na minha vida.

Não sei o que escrever, não me sinto capaz de exprimir o que sinto...

Lamento escrever hoje tamanha insignificancia e falta de inspiração...

Mas preciso de deste mundo me " Fechar para Obras" e absorver uma realidade inerente ou que anciava.

Integrada nela ou imaturamente penso estar e sei que me estou a enganar, agora vou rimar, por nesta longa noite já ter meio mundo imaginado caminhar e nas estrelas do céu procurar encontrar a fuga a mais uma noite em branco, de puro desespero por quando mais pensar mais a minha alma desesperar....

Raiva Hagia...

Hoje não dou uma para a caixa...

A tola da menina se deixa levar, acredita e acaba por se enganar, dá tudo e não tem nada..

Tola sou eu por querer viver quando no fundo começo a me perder..

Tola desta mundana, sábia da pobre tristeza...

Raiva Hagia...

Desculpem tamanha confusão mas é o efeito de mais uma noite em branco.

I NeEd TiMe OuT....

In mY Live

Desilução... :-(

Hoje choro e guardo em mim esta mágoa da desilução...

Apesar de tudo muito ficou por dizer...

Todos conhecem a história Biblica em que Judas trai Jesus, por uns meros trocos.

Fiel seguidor acompanha-o como um filho e depois sobre o Horto das Oliveiras entrega-o aos Romanos como um criminoso...

Um episódio Biblico que faz pensar e encaixa perfeitamente na nossa realidade.

Temos também outro episódio na mesma sequência em que Pedro nega três vezes que conhece Jesus e é seu seguidor quando confrontado pelas pessoas...

O galo cantou as três vezes o arrependimento o invandiu mas mais um dos grandes seguidores e dos predilectos de Jesus O traira.

Não estarei a citar mais passagens Biblicas mas hoje ao me confrontar com uma situação de traição de um suposto Amigo, (escrevo com letra grande por era mesmo um bom Amigo, vivemos e partilhamos as nossas vivências desde os 6 anos...) comparo pois houve mentira, orgulho, vergonha e falsidade perante uma situação tão mesquinha em que mostrou o seu lado mais calculista.

Sinto-me triste, nem sei como descrever o que sinto, é como se a minha volta tudo desaparece-se e tivessem espetado uma faca no meu coração.

Não farei mau juizo dela, não a criticarei, mas o mais importante de um Amigo é termos a sua confiança, ela a minha perdeu, agora sei que noutros supostos e novos amigos pensa encontrar um apoio que em mim podia sempre contar, a realidade será mais fria quando ver que amigos como os que tem agora, são aqueles que todos os dias ao nosso lado para a borga estão, mas depois na insegurança e momentos de escuridão, nas passagens mais dificeis da vida sozinha estará e ai virá ao encontro em busca do que tinha e largou.

Sinto-me mal e triste por algo em que a prejudicada sou eu, um peso no meu coração.

Não me arrependo de nada que tenha vivido com ela, de desabafos e partilhas...

Era um Amigo daqueles que se contam com os dedos das mãos e nem a distância e as intempérias da vida esquecem ou afastam.

Gostaria tanto que fosse mais uma das nossas "guerrinhas" mas a realidade foi diferente,

" A mentira tem perna curta" e ela ao saber que eu sei a verdade continua a negar só por causa do orgulho.

Sinto-me desvastada mas mais uma lição a vida me deu o tal " abre olhos" que custa mas a vida continua...
Continuarei o meu caminho tal como o Pricipizinho em busca ainda de uma Rapoza para cativar e continuo a tratar das minhas poucas Rosas até que mais alguma decida picar como a última e se deixar esmorecer pela vaidade e mentira...

Mundana

A noite cobre as ruas de Coimbra, escondendo os seus encantos...

Soltam-se os mundanos, na procura da fuga diária, da loucura, do fervilhar do sangue...

Eu sou uma delas, como morcego percorro por entre ruas e bares em busca de uma fuga interior que por mais queira não encontro.

Sou filha da noite, danço por entre a multidão, convivio, bebidas, risos frenéticos e pura loucura, solto em mim um ser que não conheço.

Sinto uma falsa alegria perante a loucura, não penso em nada, curto sem sentido, não quero pensar nem sentir nada que me vá na alma.

Falo e convivo com a malta, quero esquecer o "deserto" no meu coração e dançar até o sol raiar...

Assim vivo a noite sempre na minha, no meu pequeno mundo...

Vivo na noite o que de dia perante mim é alheio.

A noite consome-me o sono, trás-me recordações e alucinações, procuro fugir à solidão do meu quarto, às noites em branco e pensamentos complexos...

De mais uma das minhas fugas tal como na última noite perante o som louco que me rodiava, pessoas e muita alegria senti o meu medo... a solidão.
Mesmo rodiada de colegas senti-me só, parei para contemplar o ambiente, as pessoas...
Senti-me perdida num mundo que eu vivo e conheço...
A alegria pairava no ar mas sobre mim pairava a necessidade de partilhar com alguém aquela solidão, dançar e falar com alguém que me completa-se.
Senti raiva de não ter naquele momento alguém para mim, senti as lágrimas a cairem-me sobre o rosto, que sentimento era aquele???
Apetecia-me fugir, correr por entre as ruas e desaparecer...

Deixo-me agarrar por tal dor da alma, partindo sozinha por entre ruas, procurando sentir o amanhecer em que no silêncio de novo dia uma resposta à minha alma encontra-se.
Resposta que eu tanta vez rejeito...
A ausência da pertença de um ser em mim,
Ausência que mata a alegria de viver,
Ausência que na presença de tal ser `
É essencial como a água que bebo ou sol que ilumina o mundo...
Ser amado e contemplado por alguém que nos complete é uma essência da qual não se pode ser privado...

Por mais amigos, noitadas e momentos agradáveis que viva algo faltará ao meu lado e será sempre a ausência de um amor...

Busca....

Quem sou eu perante o mundo?
Perante o meu ser e querer?
À medida que o tempo passa vou conhecendo aquela menina que muitas vezes triste e insegura se olha ao espelho.
Chora na ânsia de querer ser mais bonita, de querer sobre o mundo triunfar de como as outras raparigas querer destacar.
Simples e triste deseja ser aquilo que sabe que não pode ser e não faz parte dela.
Sou eu assim um ser inseguro na sua maneira de ser, que gostava de ter aquilo que não tem e ser aquilo que sabe que não pode ser e não é.
Mas a vida e o facto de observar o que me rodeia, contemplar o mundo, ouvir o silêncio da noite, viver como morcego fez conhecer o que realmente sou...
A insegurança e a tristeza do meu ser tem se encontrado através de pessoas, vivências e lugares...
As noites de alegria e as noites de insónias tem me levado a conhecer melhor, a olhar me ao espelho e a aceitar como sou, sorrir para mim mesma, largar a fachada que tantas vezes "visto" para agradar os outros e me sentir como eles.
Começo a viver agora em função de mim e não dos outros, a saber saborear o que vivo não me preocupando com os outros pensam.
Vou aceitando a solidão que paira sobre o meu coração, que me faz em noites longas chorar por o que sei que não terei, aceitar a realidade e viver com ela...
Pode não ser o que desejo mas procurar nela coisas boas, pessoas especiais, lições para a vida essenciais...
Revelo uma nova faceta perante tudo e todos...
Procuro ainda alguém para tanta coisa partilhar e os meus fantasmas afastar... Mas agora quero Viver feliz com o que tenho, aprender com as desiluções e com o passado e caminhar com sucesso rumo ao futuro...

Solidão

Ela está comigo de noite e de dia, caminha ao meu lado quando mergulhada nos meus pensamentos, ataca-me por estar só.
Apoquenta-me por dizer que tenho amigos, mas quando preciso deles estou ali só com ela ao meu lado.
Ri-se quando choro por ver os outros a rir,
silência-se quando procuro alguém ao meu lado.
Critica-me por sonhar, por querer amar e para mim continuar a guardar esta necessidade de alguém ao meu lado se sentar.
Ela é a minha voz de juizo, a que diz as palavras certas nos momentos de dor e de escuridão, que me limpa as lágrimas e me faz pensar...
É a pior das companhias de quem entre pessoas gosta de estar, dançar sobre o sol, cantar sobre a chuva, caminhar por entre a multidão...
Mas ela me persegue, agarra-se a mim no desejo de saciar o que sinto...

É o pior inimigo, é o melhor amigo...

Ela diz aquilo que não queremos sentir, ela não diz aquilo que procuramos ouvir dos outros e a nós mesmos enganarmo-nos.
Ela é a solidão, o fantasma da pura dor da ilusão, da escuridão de um quarto, de um suspiro perdido, de uma dor oculta...
Ela é o que temos receio de um futuro proximo ser a nossa companheira, de sentados sobre uma lareira, presos ao passado, presos a idade, sem ninguém para as memórias partilhar...
Ela ao nosso lado naquele momento se encontrar...