terça-feira, 29 de abril de 2008

Percorro mais um caminho por entre a multidão...




Percorro mais um caminho por entre a multidão.

Ninguém olha, ninguém vê, ninguém sente o que eu sinto, a ansiedade de no meio daquela multidão encontrar aquilo que a tanto venho a procurar.
Continuo a andar sobre passos perdidos em mim mesma, em busca de algo que nem eu sei definir.
Ansiosa de ao meu mundo chegar,de na minha casa encontrar aquilo que a muito anseio tocar.
Falar horas perdidas, parar os relógios e vivermos em função um de outro, as longas conversas, os longos olhares o simples silêncio que aqueçe os nossos corações.
O partilhar da monotonia diária dos sonhos, a partilha do nada e de tudo...
Rir e chorar, cantar e sobre ti dançar...

Percorro mais um caminho por entre a multidao.

Olho para o nada, nada sinto nada me sente, simples ser, simples viver, por entre aquele meu nada encontrar o meu ser o meu completar da alma.
Um seguidor se mantém na minha luta por entre a multidão, honesto e fiel...
Pobre sombra partilha o seu triste mundo cinzento comigo enquanto eu procuro pintar o seu mundo com cor procurando alguém pela multidão.
Um olhar perdido, um olhar fugaz, um simples olá, um toque, um desejo...
A multidão é fria ao meu seguidor limitam-se a pisá-lo como a minha alma persiste em se enganar.
Dor penetrante que vive perdida em mim ansiando o que todos um dia desejam, outros gritam não desejar mas limitam-se a caminhar no silêncio em sua busca...
Sombra do passado, do presente do futuro, a mera confusão de palavras inerentes a dor.
A definição do rir, desejar, chorar ou daquele "borbulhar" no estomâgo...

Percorro mais um caminho por entre a multidão...

Procuro a resposta e a definição ao chamar do meu coração...
Defino com ilusão a palavra da dor e da alegria, da cor da vida, do sol de cada dia...
Procuro e continuo a procurar por entre a multidão perdida sobre mim mesma a definição do sentir e desejar de poder a minha vida pintar e definir com AMOR....



Percorro mais um caminho por entre a multidão...

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Amizade


Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Albert Einstein

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Palco


Sinto o calor do público, o iluminar das luzes o fluir de uma personagem que ganha vida de simples folhas, sentimentos e desejos ficam aquém, solta-se o ser, abre-se as cortinas, o silêncio lidera, as emoções e os risos se soltam sobre meros seres...

Acção a peça de teatro começou.

Saudades dos palcos, de soltar os fantasmas e as emoções de meras personagens vivas só nas folhas.
De sentir o calor das palmas do público, das luzes de palco a insidirem sobre mim, o auge da minha personagem, eu ser o centro do mundo, e dançar em tamanha alegria, levar aos espectadores sentimentos e momentos, levá-los a reflectirem as suas vidas na comédia e na tragédia dos palcos.
Ai o que é ser um artista, que se esconde por entre máscaras e pinturas, que vive um mundo que não é seu, que chora e que ri perante seres que ali sentados assistem ao decorrer da sua história???
É ser FELIZ!!! É soltar numa personagem sentimentos que andam a toa em si, é procurar dar de si o que aquele público sentado espera e anseia.
É no fim de uma peça acabar sentir o calor das palmas daquela gente, que são a inspiração e a base do seu sustento, a recompensa de tanto trabalho de vitórias e de derrotas que são os espaços e as emoções além de uma simples apresentação teatral.
Oh público da minha alma, saudade do meu passado e das minhas míltiplas personagens que riam e choravam, nos espaços dos palcos e das luzes.
Agora a cortina fechou e sou eu o mero público que se imagina naquele palco, a rir a chorar ou para o público falar, dançar ou cantar... ou simplesmente olhar sobre a minha personagem muda.
Hoje sei que nasci para os palcos, sei que era uma das minhas inspirações, em que me sentia Deusa de mim mesma...
Os palcos são mundos dentro do mundo, mundos a parte, mundos que refletem pequenos mundos...
Palco reflete a história de um ser e a história de cada ser que está a se rever.

As cortinas fecham a peça de teatro acabou...
O público bate palmas, as luzes se fecham...

Fim...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Se caires levanta-te e continua o teu caminho...


Ontem vinha cansada directa a casa.
O vento fustigava sobre o mundo de forma impiedosa, a chuva atacava sem pudor...
Estava toda molhada, com uma mala enorme a trás de mim, cansada e deprimida comigo e com o mundo.
Olhava para as casas e imaginava o seu aconchego, o quente da lareira, o calor da familia, o sentir de prazer de estar protegida e bem.
Mas naquele momento com as minhas forças lutava contra aquele tempo para chegar até ao meu destino.
Num dado momento escorregei, cai no chão molhado, sinto dentro de mim uma raiva, apeteceu-me estar ali estendida a chorar como uma criança, a chuva e o vento mais fortes naquele momento se tornaram, as ruas vazias pareciam labirintos aos meus olhos, senti-me perdida e abandonada...
Apetecia-me desistir naquele momento de chegar ao meu destino, ficar ali que nem um simples velho papel, que ninguém agarraria, todos pisariam e não lhe dariam o devido valor.
Doia-me a perna, chorava desejando estar em casa, começei a ver por momentos a minha vida a retornar ao passado e desisitir de tudo, do meu sonho, de Coimbra desta luta que é a vida.
Momentos e erros eram o meu estado de espirito naquele instante...
Mas ergui-me, peguei nas minhas coisas e apesar de ferida não me deixei vencer.
O caminho escuro e envolvido no triste dia foi mais um incentivo para chegar ao meu destino, ir ao encontro do aconchego.
Cheguei a esse destino, encontrei então o desejado aconchego e olhei pela minha janela vendo aquela triste menina que era eu, a momentos estendida ali no chão olhando em seu arredor a espera de uma mão amiga que ela própria sabia que nunca apareceria.

Mas deste triste facto que lição se pode tirar???

Que a vida é mesmo assim uma luta contra as intemperias que nos aparecem, que parte dos caminhos que percorremos são repletos de pedras em que caimos e não devemos desistir, levantar e continuar, pois o devido aconchego e recompensa dessa luta se encontra no destino desse caminho.
Parte da dor e das feridas que fazemos são meras lições que devemos colher e aprender com elas...
Agora olhando para a minha janela sinto-me estável por estar bem, seca e tratada apesar da tristeza que me inundou na altura, da ferida que fiz, mas feliz pois de um simples facto vi uma lição e mais um incentivo a continuar a lutar pelo que eu acredito.

Não podemos ver o temporal da vida como um limite mas mais um caminho a percorrer até chegar ao nosso destino.


quinta-feira, 17 de abril de 2008

Para pensar...


Mandaram-me este mail, partilho porque faz pensar um pouco....



O Prof. Damásio de Jesus é um dos maiores tratadistas do Direito Penal Brasileiro, com incontáveis publicações na área Processual. Em novembro de 2002 ele escreveu isso:


- Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito.

Eu me sentava no chão, brincando perto ela, e sempre lhe perguntava o que estava fazendo. Respondia que estava bordando.


Todo dia era a mesma pergunta e a mesma resposta.

Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada e repetia: - Mãe, o que a senhora está fazendo?


Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso.

Era um amontoado de nós, e fios de cores diferentes, compridos, curtos, uns grossos e outros finos.


Eu não entendia nada.

Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava:

- Filho, saia um pouco para brincar e quando terminar meu trabalho eu chamo você e o coloco sentado em meu colo.

Deixarei que veja o trabalho da minha posição.


Mas eu continuava a me perguntar lá de baixo:

Por que ela usava alguns fios de cores escuras e outros claros?

Por que me pareciam tão desordenados e embaraçados?

Por que estavam cheios de pontas e nós?

Por que não tinham ainda uma forma definida?

Por que demorava tanto para fazer aquilo?


Um dia, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou:

Filho, venha aqui e sente em meu colo.

Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado.

Não podia crer!

Lá de baixo parecia tão confuso!

E de cima vi uma paisagem maravilhosa!


Então minha mãe me disse:

Filho, de baixo, parecia confuso e desordenado porque você não via que na parte de cima havia um belo desenho.

Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo.

Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito:

Pai, o que estás fazendo?


Ele parece responder:

Estou bordando a sua vida, filho.

E eu continuo perguntando:

Mas está tudo tão confuso...

Pai, tudo em desordem.

Há muitos nós, factos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido.

Os fios são tão escuros.

Por que não são mais brilhantes?


O Pai parece me dizer:

'Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim e...

Eu farei o meu trabalho.

Um dia, colocarei você em meu colo e então vai ver o plano da sua vida da minha posição.


' Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas.

As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo.

É que estamos vendo o avesso da vida!

Do outro lado, Deus está bordando...


quarta-feira, 16 de abril de 2008

Balada da Saudade

Quando cheguei não esperei
Coimbra dos teus doutores
Amar-te tanto como amei
Os teus fados e amores
Tracamos as capas ao vento
Bebemos do teu luar
Se choro agora é um lamento
Pois um dia te vou deixar
Ai adeus
Ai adeus Choupal
Ai adeus amigos
Não levem a mal
Desculpem as lágrimas
Pois é a emoção
Já é a saudade
Já é a saudade no meu coração
Noites em claro eu passei
Em palcos de guitarradas
Hoje são lembranças eu sei
Como as tristezas passadas
Agora vivo sem ti
Coimbra parti sem rumo
Mondego contigo aprendi
És terra lugar que eu amo
Ai adeus Mondego
Ai adeus Choupal
Ai adeus amigos
Não levem a mal
Desculpem as lágrimas
Pois é a emoção
Já é a saudade
Já é a saudade no meu coração

Vos deixo aqui um pouco do espirito de Coimbra...


Orgulhosa de vocês...


Não resisto a partilhar tamanho orgulho de ver duas das pessoas básicas na minha vida a atingirem um desejo que durante cerca de três anos partilhamos, de vestir com muito orgulho e actualmente com uma enorme emoção o traje.
Apesar não estar ao pé de vocês e não poder partilhar esse momento, como tanto imaginavamos e desejavamos, estou feliz por estar em Coimbra, mas estranhamente triste por não estar entre vocês neste momento que jamais esqueceremos.
Larguem as vossas capas negras ao vento, esqueçam as diferenças estudantis e sintam o verdadeiro espirito académico que une todos os estudantes.
Este espírito vem de Coimbra, dos seus fados e tradições que inspiraram por Portugal e as suas Universidades o que é viver e ser estudante.

Nesta foto falta um dos elementos do TRIO MARAVILHA Eu.... mas ele no meu coração continua unido.

PARABÉNS " CORVOS"...

Beijos grandes para as duas...

AG

terça-feira, 15 de abril de 2008

Mais um dia....


Mais um dia que está a acabar e sinto a minha volta este mundo constante a cair-me sobre os pés.

A noite já se deixa bailar sobre nós, dá-me um sossego desejado depois da azafema deste dia.

Gostaria de dançar com ela, sobre ruas vazias, cantar ao vento os meus sonhos, deixar-me embalar e sobre a luz da lua encantar e como um pássaro livre voar sem destino.

Que vazio o meu coração nestes momentos, desejo ardente de ter alguém ao meu lado para partilhar sobre as estrelas pequenos sonhos e desabafos de mais um dia.

Ter a fuga deste mundo, nos braços fortes mas acolhedores de alguém, sentir o calor do seu corpo e das suas palavras...

Simples divagar quando me ponho a desejar...

Sinto me triste lá no fundo pela frieza que é este mundo, pelos olhos doces mas traiçoeiros das pessoas, triste pelo simples desejar mas do mundo recear!!!

Tento cada dia viver, encontro-me num momento de mudar, procurar eu própria em mim me encontrar só assim consigo viver, resistir à frieza e desprezo das pessoas.

Viver feliz com o que tenho, com os meus sonhos, a minha ambição, viver para saber e conhecer este meu profundo ser.

Deixar o passado como uma simples lição para o futuro, não procurar viver com ele no presente, para saborear pequenas vitórias e aprender com as derrotas.
Aceitar que os meus tempos de hegemonia por entre as pessoas já foi e que apesar de manter em mim aquela personalidade forte, de luta e confiança, não me deixar abater por o que o presente agora me dá, pelo medo de me revelar mas ansiar atingir o verdadeiro sentido da vida e lutar pela realidade que eu realmente sei que me fará feliz.


Um conselho.... não se preocupem com os que os outros possam dizer ou o que possam pensar, vivam por vocês, procurem o melhor caminho para seguir, pois ninguém o fará por ti.


A vida apresenta vários caminhos, o teu coração pode te indicar o mais longo e penoso, mas é o que te levará até onde anseias. Não são os caminhos que os outros te indicam e os mais fáceis que levam até onde queres, por eles muitas vezes te perdes e não encontras regresso.


ViVe PoR Ti!!! PoIs NiNgUéM ViVeRá....





domingo, 13 de abril de 2008

Reflexão...


Hoje o meu dia foi extremamente longo.
Sai cansada do trabalho, pego nas minhas coisas e voo directa a Coimbra.
Pelo caminho enquanto olhava pela janela, via tudo o que se encontrava para lá a correr, tal como a vida corre.
Começei a pensar naquele dia, em momentos e na minha querida Mãe que como sempre fica na sua dor ao ver a filha rebelde, a partir.
Senti por momentos aquilo que a minha Mãe estava a sentir, um amor inescritivel de ver alguém que veio de si a partir, senti tamanho aperto no meu coração que começei a largar lágrimas perdidas, vindas de tal dor que desconhecia.
Naquele momento desejei voltar para trás e dizer-lhe o quanto amo a ela e ao meu Pai, pedir-lhes perdão pelas palavras lindas que lhes deixo de dizer, agradecer-lhes por me inspirarem na vida e na luta de vir a ser alguém e dar-lhes tudo aquilo que a vida sempre os limitou apesar de tanto trabalharem e lutarem.
Senti naquele momento a minha alma de independente a esmoreçer, a entrar dentro de mim um pânico, não sei o que me deu.
Talvez tenha sido pelo horrivel fim-de-semana que passei, por estar cansada e farta de lidar com pessoas hipócritas.
Sou de uma terra onde milhares de pessoas por ano percorrem milhares de quilometros, vindas de toda a parte do mundo atrás de uma fé, um caminho de esperança e de sacrificio para se prostarem perante a Imagem da Nossa Senhora em agradecimento ou prece.
Mas naquela Santa Terra, vivem pessoas que só se voltam para Deus quando precisam, vivem da imagem e de uma história, que devia ser um lema para todos nós, de três Crianças que largaram tudo pelo pedido da singela Senhora de Branco que lhes apareceu.
Pessoas da qual tenho de lidar e vivo indignada por mencionarem-se como Cristãs praticantes e passarem a vida a criticar os outros, a tratá-los como seres repudiantes, como escravos...
Lido assim com pessoas que vão a missa para ver quem vai e o que levam vestido, que Deus para elas é um exemplo que todos devem seguir, e passam a vida a criticar os outros pela sua vida e pelas suas diferenças.
Que gente é esta??? Que mundo e que cristãos a igreja tem e pode continuar a manter os seus valores com pessoas podres de valores???
Não sou ninguem para responder, mas é por gente como esta que a Religião Católica está a perder crentes em especial esta geração.
Eu procuro em Deus uma fuga a minha dor de viver num mundo perdido como este.
Não sou cristã praticante apesar de ter sido criada nesses valores, mas orgulho-me de viver naquela terra linda, onde nos meus momentos mais dificeis retiro-me em busca de paz interior e de um silêncio de respostas e muitas vezes de questões.
Sim é muitas vezes no silêncio que está aquilo que procuramos na confusão e nos outros.
Não vou fazer desta reflexão uma critica, pois não sairia daqui e isto é uma reflexão desde fim-de-semana atribulado que passei...
No entanto apesar desta tristeza profunda de decepção, estou FELIZ, porque no fim de conta tenho um tesouro de inspiração os meus Queridos Pais....

VIVER UM DIA DE CADA VEZ...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Desejo arduo de saciar...


É estranho,
Mais uma vez
Por entre estas linhas perdidas,
Murmurar a palavra saudade…
Uma dor que me aperta ,
Ao amanhecer,
E não me embala,
Ao entardecer.
Sempre te recordando,
E sussurrando
Com o vento,
Que me trai…
Talvez gritando o quanto te amo.
Agora já sei,
Como é um toque teu,
Desejo arduo de saciar,
Esta sede de amar,
E ao menos olhar…
Não preciso falar,
Nem já te desejo tocar…
Basta-me olhar…
Para de uma vez esta saudade matar.


Encontrei este poema, no meu caderno eterno de memórias, fiz já algum tempo, e com base no último post que escrevi decidi partilhar uma parte dos sentimentos que sentia na ausência deste amor.
Saudade até mesmo quando ele estava ali ao meu lado, porque muitas vezes a presença constante não significa que tenhamos a devida atenção para adormecer as saudades que perduram no coração.
Estes sentimentos quanto a este ser são simples palavras perdidas ao vento, no meu coração é uma lição de vida, já não é um tormento e uma dor constante.
Podem parte das palavras que escrevo não ter muito sentido, mas as vezes das coisas sem nexo podemos tirar um valor, uma lição,uma partilha estranha de dor que temos no coração e não partilhamos com ninguém.
Os sentimentos são em si algo que não sabemos definir, sentimos, mas nunca encontramos palavras para os descrever, por mais que tentemos.

Passado Maligno

Persistência da memória - Salvador Dali

Hoje senti-me assombrada por um sentimento, enquanto via fotografias de momentos que jamais o tempo apaga.

Mas voltar a olhar para o teu rosto, foi como o passado embater-se sobre mim, uma raiva e uma dor que carreguei como uma cruz durante três anos voltasse a pegar nos seus braços e me embalasse num canto de dor.

Amei-te mais que tudo, não planeamos nada, mas viviamos sobre um amor proibido, não consumado mas por ambos tão desejado.

Pequenos cafés, longas conversas, eramos o apoio um do outro, era a perfeição de dois seres juntos.

O mundo ao pé de ti era diferente, olhar para os teus olhos era como olhar para o olhar de uma criança, tão ingénuo o meu amor.

Pura ilusão que vivi, três anos de pura fachada para quê???

Para agora nem uma mensagem saberes responder e na minha cara dizeres que a tua vida roda em torno de outro ser.

Passou mas persiste a raiz que me roubou a forma como via o mundo, como sentia o amor, agora sinto-me parte das vezes como um ser com coração de pedra, não sei lidar com o amor, desconfio do calor de braços alheios, de um beijo doce, do calor do corpo de alguém que realmente pode me amar...

Roubas-te o sentimento que une dois seres perfeitos.

Noites de mágoa que vivi por ti, pranto de egoismo, de afastar quem realmente me amava, procurarem chegar a mim para ajudar e eu escorraçar, isolei-me do mundo de tudo e de todos, vivia só para ti...

Tudo para quê? Para crescer!!! No fim de contas não faço mais um juizo errado de ti, ajudaste-me a ver que não podemos viver sobre quatro paredes felizes, mas construir pontes para ir ao encontro da vida e de nós mesmos.

Obrigada ajudaste-me a inspirar na luta pelo que realmente quero,

" AS COISAS SÓ DEIXAM DE EXISTIR QUANDO DEIXAMOS DE ACREDITAR NELAS",

esta frase rege parte da minha vida e dá-me força para continuar a lutar em torno de mim e não tanto dos outros, de ser aquilo que parte dos que se dizem meus amigoa acham que nunca vou conseguir ser, tu és um deles.

Não sou feliz com o que tenho, mas também não anseio o alheio nem o que sei que não poderá ser meu, não vivo na dor, vivo um dia de cada vez.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Outro ser...



Tenho admirado as palavras de um bloguista ( se isto existe, mas acho o termo adequado) escreve, a maneira como se define perante o mundo, como age com os amigos, um simples ser tal como eu que acho que está limitado do mundo, da sua maneira de viver, esconde um ser muito além do que se possa pensar.

Em muitas coisas identifico-me com ele, mas ao contrário de mim é um ser que já se conhece, eu conheco-me mas temo reconhecer a minha verdadeira faceta perante o mundo.

Vou me mantendo presa como uma marioneta, em que o mundo vai brincando comigo sobre o palco da vida até que a secção acabe e as cortinas fechem, e sobre a escuridão do imenso palco deixe de sentir o calor do público, ver as luzes e perder-me sobre um imenso abismo da vida.

Continuando...

Sobre este bloguista, ele também sofreu por causa de um grande amor, ainda pior ao que eu sofri, vejo e sinto a dor das suas palavras por não a ter consigo, sinto que ele vive rodiado de amigos que ele próprio acaba por temer e revelar o seu profundo ser, tal como eu me sinto parte das vezes.

Mas uma coisa quero salientar, nunca , por mais que uma pessoa conheça a nossa maneira de ser , nunca nos conhece realmente, nem mesmo nós, nos conhecemos, só em pequenos gestos e pensamentos vamos compreendendo o que somos e nunca acabamos por compreender.

É assim a ironia da vida, um jogo tremendo, que mesmo que tenhamos tudo na vida, estejamos rodiados de um maravilhoso mundo ( parte dele é idealizado) temos de jogar para não perder.


Visitem o blog eu aconselho: http://laufilhomtw.blogspot.com/.


Continuem a jogar, não desistam, a vida é mesmo assim, somos simples peças e marionetas de uma encenação da vida, não do destino...

Que no fim de contas o jogador principal és sempre TU.

Rosa...


O sol brilhava numa tarde triste,

Em que as folhas caiam,

As flores morriam,

O meu coração escurecia,

O mundo lentamente esmorecia.

Desejo impone de querer voar,

Arrancar as estrelas do céu,

Roubar e guardar só para mim o sol,

Viver no meu egoismo,

Sofrer sobre o meu abismo.

Minha pura e doce rosa,

Deixas-te encantar,

Lentamente deixas-te levar,

Até que acabaste por murchar.

O meu triste mundo a sua cor perdeu,

E eu como pintor da vida,

Pinto o mundo sem perceber,

Que as estrelas apagava,

O sol afundava no mar...

Assombrei a minha vida negra

Sobre este espelho incolor

Soltei de mim o mais cruel dos fantasmas,

Que tirou de mim,

A luz da inspiração.

Preciso deste fantasma me soltar,

Fugir deste mundo,

De lentamente soltar o sol,

Dar luz às estrelas,

Até a noite acabar,

E no novo promissor amanhecer,

Voltar a ver o sol a ascender,

E a minha Rosa a nascer....





quarta-feira, 9 de abril de 2008

Saudades....


SAUDADES.....

O meu coração esta triste como uma noite de inverno pela ausência do calor dos meus amigos.... e a luz dos seus sorrisos...

SAUDADE é a dor k me atormenta todas as noites e me rouba um sorriso a cada amanhanhecer por saber que não os tenho ao meu lado naquele dia...

AMIGA simplesmento sinto SAUDADES.............

Um sentimento que tambem acarta esperança do dia em que vou outra vez sentir o calor das tuas palavras e o sorriso e profundo abraço


SAUDADES do trio MARAVILHA....


Escrevi de improvisso e de dor profunda estas palavras no hi5 de um ser muito especial na minha vida.... A Rocha...

Senti uma tremenda dor no meu coração, senti as lagrimas a escorrerem-me no rosto, senti a ausência de um dos seres que completam a minha vida.

Não sei se serei tão importante na vida delas, mas elas na minha vida, agora que estou longe delas, sei o quanto me fazem falta...

Damos valor ao que temos quando estamos longe delas ou quando as perdemos.

Sinto a ausência da amizade de um amor.... um amor...

Não sei o que é isso...

Sim amei mais do que tudo neste mundo um ser que pensava e sentia que me completava, era o meu egocentrismo esse amor, agora não passa de uma recordação do passado e uma lição para o futuro.

Uma prova que não podemos amar só para um ser mas para aqueles que realmente nos dão amor, pode ser o da AMIZADE.

É o mais puro dos sentimentos, também decepciona, faz sofrer mas é mais forte e puro que o amor conjugal...

Amor e SAUDADE é o que sinto pela ausência de tanta gente na minha vida.

Ausência de quem já partiu e de quem está longe.

Só a ausencia de um ser para nos fazer crescer e ver a vida de outra forma...

AG

ESPELHO

Refletes um ser que não conheço,
Um ser que sorri perante o mundo,
Um ser que na triste solidão,
Chora por não perceber o seu coração.
Procuro arrancar algo do meu interior,
Que agarro com rancor.
Refletes um ser que de dia,
É a maioneta da vida,
De noite é um ser,
Que caminha sobre a escuridão,
Procurando a razão do seu viver.
Um sentimento para alimentar,
Para sobre este mundo triunfar,
Com o desejo profundo,
De um dia me revelar,
Como um simples ser,
Que tem a ambição,
De poder viver...
Hagia...
LOST WORLD....

terça-feira, 8 de abril de 2008

Futilidades......


São os pequenos toques e coisas imprevissivéis da vida que me fazem apaixonar....


Que fútil o sentimento de AMAR.... tão vulgar mas tão mordaz e inacessivél....


O desconhecido, um mundo a parte.... estranho o ser que sou e o ser que é o próprio mundo...


Perdida sobre este mundo ainda em busca de mim, ou em busca de uma parte de mim?


Mais questiono mais perguntas tenho...


Que fogo é este que queima a minha alma???


moment ZEN............


HAGIA in the lost world