segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sou uma mulher triste por o ser...
Nada me conforta, nada me alegre... nada é nada.
Estranho sentimento de saber quem sou e por mais inspiração e luta que tenha em mudar... Sei que nada sou.
Sou triste por acordar todas as manhãs com este lindo sol de Primavera que aquece o meu pequeno coração de pobre, 
Começo  a respirar a maresia de mais um dia de mim e só de mim, com o rasto da frieza da noite e a sombra da solidão.
Sorrio por ver uma criança a sorrir e acenar na sua ingenuidade e revejo-me numa alegria esquecida pela vida vivida.
Passa a bela senhora com o encanto dos seus 80 anos e no saco as histórias de uma vida e nos olhos os sonhos de hoje.
Canta a sua vida como uma música de amores e desamores com a alegria e tristeza ...
Ainda assim se diz bela e feliz, por de tão bela a vida a manter e lhe dar a esperança de mais um dia.
Questiono na esperança dos outros a lógica da vida, a relação com a solidão, a dor de a cada dia  e saber o quanto mais vou perder e menos vou entender...
Estranha vida esta de ser uma mulher de tristeza, em que não conheço ao ler, não conheço ao pentear e não conheço ao tentar amar.

Odeio o silêncio, sofro em ouvir em sentir... quando um abraço temo agarrar e um beijo sei que jamais poderei voltar alimentar.
Neste penhasco de  palavras e sentimentos desconcertados ninguém me entenderá ...


 não encontro o caminho  de me libertar nem prevejo o encontrar.