A cada dia que passa e a cada lágrima que cai, aprendo pequenas
lições...
Aprendo perceber quem sou e que rumo seguir, sentir e afastar quem de
bem não tenciona ficar.
Cada momento, cada palavra, cada sussurrar pelas paredes ensinam a
arte de uma sociedade egocêntrica e mordaz na forma de como contempla o viver de quem o rodeiam.
Esqueci as palavras, os gestos, alegria e o saber, prendendo-me a
pequenos pormenores para não deixar de respirar.
Serei eu tão ingênua ao ponto de me deixar matar sabendo que tenho
tanto para lutar.
Quero nestas entrelinhas decifrar estar dor que me atormente, este
ataque súbito de infelicidade que nem os sóbrios entenderiam.
Quero desabafar porque não aguento as conversas de entrelinhas, os esquemas
de maldade de quem nunca prometi guerra. Quero entender esta estúpida sociedade
de fachada e de bens, quando nada tem e nada são.
Cospem na cara de um pobre que trabalhou a vida toda para ser alguém,
e assim o crucificam a um posto que não é nada perante os olhos de alguém.
Morrem as promessas gritadas no passado e inexistentes num futuro.
Morrem aqueles sonhos de alguém ser para alguém fazer feliz.
Não tenho mais palavras, não tenho mais lágrimas, simples dor de tanto
lutar e agora saber que nada mais tenho para dar.
Serei eu o problema desta história que perante todos nada tem a contar!
Serei eu o problema desta história que perante todos nada tem a contar!