quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Aqui sou Eu...

Aqui posso gritar o meu descontentamento ao mundo do dia a dia que vivo.
A intensidade da adrenalina de esquecer a vida e esquecer os sentimentos que me invadem a cada dia que passa é uma tortura.
Correr atrás de quê? de quem?
Estou farta de não ser eu, de não ser livre, de não poder escrever...
Sou uma escrava desta sociedade que corre sobre o loucura dos telefones, dos emails desmoralizadores, do trânsito louco da manhã, dos gritos do patrão... 
Do silêncio penoso da solidão.
Aqui sou Eu e grito nesta escrita muda o quanto em cada dia que passa morro enquanto pessoa, no esquecimento de viver, de abraçar, de beijar e simplesmente de escrever.
Já não sei o que é ser humano, o que é sentir a maresia do mar de madrugada, de ver o sol nascer, de sentir o meu coração a bater.
Alimento um desafio que é um trabalho, que  atormenta, que consume cada sorriso, cada palavra.
Deprimente e lamentável  Aqui sou Eu, quando na escuridão deste quarto não tenho mais inspiração nem fé.
Tudo é escuro na compreensão de quem me rodeia e do que procuro.
Sei quem sou e para onde quero ir, numa sociedade manchada de palavras doces com pimenta e abraços dolorosos com brasas.
Aqui sou Eu sufocada a tentar partilhar, quem sabe até descartar um pouco desta dor em cada palavra e em cada lágrima que corre pela minha face...

Hoje Hagia aqui sou Eu....



sexta-feira, 22 de agosto de 2014

FELIZ - Procura-se

Acordar e sentir que tudo que somos e temos não é o que queremos?
A insanidade total e perturbante da eterna insatisfação daquilo que temos e daquilo que somos enquanto seres humanos.
Parte da vida perde o seu sentido pela forma de ser, pelos amigos que mudam, pela postura dos pais que é diferente, pelo trabalho e pela equipa que se tornam estranhos e monótonos.
A vida cansa pelos dias que passam, pelo tempo que voa e pela infelicidade de esperar algo mais.
Algo grita na alma pela mudança, pelo medo de regredir e neste momento querer exprimir o que se sente, mas não haver palavras a este inconformismo e solidão que afoga a mudança.
O mundo pára na necessidade de mudar de emprego, de mudar de casa, de sair, de viajar, conhecer e viver.
Tudo neste momento em torno da necessidade de ser feliz, de sentir o verdadeiro termo de realização, de amor e paixão.
Anos e anos em torno de meras frases, textos e poemas sem nexo e sem torno para perceber o verdadeiro significado de ser feliz, de sentir o amor de sentir viva.
Algo falta nesta mente fantasiosa de aventuras para além desta fronteira construída em torno de sonhos de curta duração, de pequenas ambições que viraram prisões, em prol de hoje mais uma vez aqui a solidão afagar a minha mente e a ausência de "mim" assaltar a  alma.
Hoje e aqui procuro conhecer mais uma vez e perceber o caminho para ser FELIZ.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Controvérsias

Hagia hoje está num pranto de sentimentos, conversas, palavras, energias, sentimentos e solidão
Grita por entre sombras à procura de respostas sobre si mesma, foge de medos e controvérsias por si criadas.
Ela é tão parva por não dar o melhor de si, pela beleza que passa a cada olhar, pela inveja alheia que perturba, pelos amores platónicos que ela sabe amar e acredita poder vir a tocar.
Ela doida pela sua essência de viver, mas tão pura pela força que tem, pela alegria que completa por onde passa, pela companhia e pelo seu silêncio.
Ganhou medo pelo alheio, mas de tão forte que ela é, serão estas palavras perdidas aqui, que sei que triunfará, que fará frente a este mundo que por si já é um frete. Mulher de força, querida Hagia, que só tu sabes o quanto podes dominar, mas levemente te deixas levar por quem nunca te ama mas desarma.
Vai, sê louca nessa madeira de ser, como sempre foste e só assim conseguias ser feliz.
Acredita em ti, olha bem no espelho do quanto brilhas por essa bela beleza de ser que ilumina cada dia, que ilumina amores e desamores.
Solta essa dor, esquece esse medo quando existe tanto em ti!


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Quanto tempo esperarias pelo amor da tua vida?


Comodismo

Sufoco desgraçado que me atormenta a cada dia.
As tristezas e desalento de um país em decadência, em que a palavra futuro assusta e o  presente é uma guerra de sobrevivência.
Ser feliz torna-se um caminho sem fim pela dor de querer amar, querer viver, saborear, ser louco pela essência de sentir a verdadeira magia da vida.
Mas este sufoco da monotonia, das sombras, da inveja prendem-me a um conformismo e a um conforto que não sou eu.
Ai como grito nestas palavras mudas quem verdadeiramente sou, o que quero e o que tanto desejo ser...
Ai dor sem amor que me consomes pela necessidade de respirar, de olhar e tocar  no que não existe, o que melindro em cada dia perante a palavra libertar e abraço com terror a palavra medo.
Quero saltar desta zona de conforto, quero largar, rir de tudo o que quero deixar, mas todos os dias cá continuo a enganar.
Que contrariedade de palavras e sentimentos, de esperar o que nunca virá, sabendo que a loucura é a rotura deste meu tormento.
Amo o que faço, choro com quem estou, amo o que sonho, choro por não lutar, amo amar, choro por não ter com quem o partilhar.
Contrariedades constantes da monotonia, de cada hora que passa, de cada conflito, de cada olhar, de cada colega, de cada patrão e de cada dia com mais solidão.
É um sufoco de contrariedades que nestas palavras se unem em perceber e talvez entender, que está na hora de desprender cada lugar, cada pessoa que pesa no coração, cada dia que não mais tem sentido quando não é vivido.


quinta-feira, 27 de março de 2014

O talento “assusta.”

Quando Winston Churchill, ainda jovem, pronunciou o seu primeiro discurso na Câmara dos Comuns, questionou junto de um velho elemento parlamentar, amigo do seu pai, o que achou do seu desempenho fase aquela plateia de estrelas politicas.



O velho pôs a mão sobre o ombro de Churchill e disse, em tom paternal:

- “Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na casa. Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento “assusta.”
E ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao pupilo que se inicia numa carreira difícil.

A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência.
E infelizmente, neste pequeno momento de reflexão, concluo por entre devaneios que a inteligência incomoda muito boa gente, ficando uma pequena lição... Parecer mais inseguro e incerto das ideias em determinados meios e circunstâncias, dá anos de vida e reduz o risco de acréscimo de problemas.

Sem dúvida "O talento assusta!"