quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O conselho do silêncio


Estático o movimento do silêncio!
Contrariedades na luz do presente e a escuridão do futuro.
Soluços indigentes no silêncio da noite, face às contrariedades da vida.
Sinto os seus passos, sinto as suas palavras, na escuridão dos seus toques.
Irrequieta perante conversas que procuram respostas ao nada.
Ouço o seu conselho, sei que nada solucionará, mas temo pela dor que acarto, pintarem em mim a presa cega e dominável.
Não o sou, nem serei, quando o futuro temo na procura de uma fuga a esta realidade mordaz.
Na frieza dos Homens à gentiliza de um sonho, danço e contra danço sobre o conselho do silêncio.
Sinto-me perdida, presa às teias da vida, lutando para libertar e o futuro confrontar.
Saboreio este silêncio, murmurando palavras perdidas ao vento, que só em mim e na minha luta, poderei decifrar a resposta aos meus medos e lutar, sem mais para trás olhar.
Lentamente o silêncio recai sobre o meu colo e fechando os meus olhos deixo-me levar...

ESTÁ NA HORA DE MUDAR E UMA ATITUDE TOMAR!

sábado, 9 de outubro de 2010

Estrangulamento


Paira em mim uma aura negativa.
Sinto o mundo à minha volta a desvanecer.
Hagia contorce-se por lutar, neste inigmático caminho, assume aquilo que não é, está cansada.
Sinto algo a sugar a minha força, a minha luta, os meus sonhos.
Ai pudesse eu o tempo parar e por entre o mar voar, sem olhar...
Quero rumar, ao encontro do que sou e voltar a sorrir e a pintar a vida tal como ela é.


Sinto o estrangulamento da inveja, da vaidade, da fachada desta sociedade, que vive em função da alegria dos outros.
Não sei o que é sorrir, não sei, quando deveria saber.
Estrangulam-me com as mãos frias e impiedosas de tais seres imortais perante a minha existência.
A permanência de fantasmas do passado que ouçam os meus sonhos tocar e a minha alma esfriar.
Tempestade revoltante na procura de um caminho, de um sossego...
Temo as palavras que dizem, temo tudo e todos, temo cair e não conseguir voltar a cantar e a dançar como a interna menina que um dia fui.
Tento dar a mão, mas tudo não passa de uma ilusão.
Mereço tal dor, tal estrangulamento de não poder gritar o quanto a liberdade e os sonhos são a minha função de viver.
Desnorteio no escrever e viver do que sou e quero ser...

sábado, 2 de outubro de 2010

Mundus

Rastejo por entre vós, como uma alma perdida.
Sugam do meu ser a minha luz, a minha alegria, o meu sorriso.
Tocam na minha pele, nas minhas palavras, nos meus sonhos, como um ladrão que rouba sem culpa e sem perdão.
Culpo-me de ser quem sou, quando a culpa cai em vós.
Pela frieza, a inveja, a humilhação, pelo gosto de ver rastejar e a alma a sucumbir.
Não sou ninguém, não serei ninguém, mas este alguém jamais vos tereis o gosto de mudar e um de vós tornar.