quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Aqui sou Eu...

Aqui posso gritar o meu descontentamento ao mundo do dia a dia que vivo.
A intensidade da adrenalina de esquecer a vida e esquecer os sentimentos que me invadem a cada dia que passa é uma tortura.
Correr atrás de quê? de quem?
Estou farta de não ser eu, de não ser livre, de não poder escrever...
Sou uma escrava desta sociedade que corre sobre o loucura dos telefones, dos emails desmoralizadores, do trânsito louco da manhã, dos gritos do patrão... 
Do silêncio penoso da solidão.
Aqui sou Eu e grito nesta escrita muda o quanto em cada dia que passa morro enquanto pessoa, no esquecimento de viver, de abraçar, de beijar e simplesmente de escrever.
Já não sei o que é ser humano, o que é sentir a maresia do mar de madrugada, de ver o sol nascer, de sentir o meu coração a bater.
Alimento um desafio que é um trabalho, que  atormenta, que consume cada sorriso, cada palavra.
Deprimente e lamentável  Aqui sou Eu, quando na escuridão deste quarto não tenho mais inspiração nem fé.
Tudo é escuro na compreensão de quem me rodeia e do que procuro.
Sei quem sou e para onde quero ir, numa sociedade manchada de palavras doces com pimenta e abraços dolorosos com brasas.
Aqui sou Eu sufocada a tentar partilhar, quem sabe até descartar um pouco desta dor em cada palavra e em cada lágrima que corre pela minha face...

Hoje Hagia aqui sou Eu....