segunda-feira, 28 de julho de 2008

Dont Give Up


Invade tantas vezes a insegurança das palavras e dos gestos...
Invade todos os sentimentos, confusão que atormenta alma.

Desistir faz parte do vocabulário de um ideal de vida. Desistir de amar de correr atrás de quem tanto amamos para quê?
Para quê esperar quando não corremos atrás de quem tanto nos anseia ao seu lado ter e aqui só questionamos o mundo, tanto do que no passado poderíamos fazer, tanto do que agora finalmente neste momento poderíamos de definir de feliz.

Chega de esperar, de esboçar palavras de definir em nós insegurança. Chega de nos atormentarmos ao mundo e a alma.
Está na hora de tudo largar, não desistir, esquecer o passado, desejar o futuro.
Está na hora de novamente a nossa vida com sentido alimentar e o passado e seus podres esquecer.
Esquecer a confusão, os outros o mundo.
Correr que nem doidos aos braços desejados, aos gestos contidos as palavras perdidas.
Voltar a escrever a história das nossas vidas, marcar locais guardar profundos segredos de noites esquecidas de amor, dos sussurros, do beijar, do tocar.
Escrever do mais puro e ingénuo amor a história das nossas vidas.

Sorrio para este espaço inerto, nada sabes do que a minha alma contém, simplesmente sei que percorro até ti, o passado esquecerás e para mim com outros olhos verás e recordando o que de tão bom foi vivido novo rumo construiremos....


" O amor é uma força selvagem. Quando tentamos controlá-lo, ele distrói-nos. Quando tentamos aprissioná-lo, ele escraviza-nos. Quando tentamos entendê-lo, ele deixa-nos perdidos e confusos!"
Paulo Coelho
in Zahir


Não procures mais em ti a perfeita definização de amor e deixa fluir em ti o que realmente sentes...


sexta-feira, 25 de julho de 2008

Escrever sem razão para o fazer

Não escrevo o que sinto, a minha alma neste momento nada descreve o que sinto.
Aqui estou perante o nada sem palavras e sensações, com sentimentos mas tantas confusões.
Não sei que pensar, escrever ao mundo gritar.
Não quero entender sem razão de ser, aqui continuo o meu ser, contemplo o meu viver.
Estranha forma de pensar, quando adoro tudo complicar...
Aqui escrevo de forma confusa, não procurando nada transpassar.
Deixai-me libertar, mesmo não entendendo o que a minha alma se vê obrigada a acartar.
Deixai-me aqui escrevinhar quando não há nada a escrever e tanto por se dizer.
Deixai a minha liberdade voar quando não tem rumo por onde se deixar levar.
Deixai quando confusa alma não é pequena se libertar na confusão de meras palavras...
Deixai quem saboreia as palavras de tal ser acaba por o vir a entender!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Medo


Estranha e fria sensação de sentir medo perante a vida.
Sentimento mais nóspito e cruel, quando nos limita naquilo que realmente desejamos.
Medo de lutar, de dizer as palavras que devem de ser ditas, de tocar naquilo que devemos sentir em nós, de largar aquele olhar, de dar o beijo prometido, de ser como sou nos momentos certos com as pessoas certas.
Medo de sonhar quando sempre sonho, medo de voar sabendo que não voo.
Medo de algo constantemente procurar e ao encontrá-la este medo a afastar e de uma vez a perder.


Hoje sinto medo do mundo, das pessoas e de mim, medo este que tanto me prende e repreende ao passado e recordações que o tempo não trás e a vida novos caminhos traça.
Hoje sinto o medo das noites perdidas, num ser desejar, de tanta palavra às estrelas largar, procurando o vento lhe entregar e da sua alma me apoderar.
Hoje o medo sou eu, mero sentimento que me bloqueia a essência da vida, o meu espirito de aventureira e lutadora.
Hoje o medo é a minha sombra de algo na minha vida mudar...
Hoje medo é as lagrimas que deitei e a dor que tanto tempo em mim acartei.
Hoje deveria ser a hora de este medo afastar, o passado recordar, mas novos rumos tomar com tantas das lições que um ser acabou por dar.


"Perdemos muito por medo de tentar."

J.N. Maffitt

terça-feira, 22 de julho de 2008

Zahir


Como definir Zahir???
Inspirada no titulo do livro de Paulo Coelho, aqui largo o que neste momento a minha alma acarta.
Não temo quem leia, não temo juízos, temo neste momento o meu ser, o que sinto, os meus erros...
Aqui neste meu mundo pequeno proclamo o que sinto...
Quem sou ou deixo de ser não interessa, mas a mim interessa quem sou e o que sinto.
Aqui grito a ti a distância da minha alma. o erro meu de tal desprezo pago caro, mas tudo sei...
Só eu sei e o entendo quando nada me cabe entender e quanto sei que nada me acabe a dizer ou a fazer.
Aqui proclamo a posse do Zahir que jamais terei, que o encontrei mas não o possuirei.
Não sou de descrever profundamente o que sinto de forma espontânea, mas a alma é demasiado pequena para tanto conter
Largo a escrever a ti meu Zahir o que sinto sabendo que a meu mundo não contemplarás e nada lerás continuarás a desprezar quando sei que em nada na tua vida marcará!
Aqui proclamo Zahir o quanto te amo, parva sou em dizer, tantas palavras que ficaram por dizer, tanto gesto e tanto olhar que ficou por contemplar e sentir.
Amo-te pelo que és, mas não o entenderes cabe a ti fazer tal juízo.
Amo mas em nada o mundo pretendo mudar quando respeito esse teu ser e em nada pretendo me meter.
Aqui proclama a alma deste meu viver, de cada esquina passar e ansiar por te encontrar.
Parva sou em ti pensar, quando o teu corpo desejo tocar, os teus lábios delicadamente beijar e as estrelas do céu os seus segredos só a ti contar.
Nada pretendo a ti dizer quanto mais mudar, aceito esta dor da tua ausência, respeito o teu silêncio Zahir, respeito esta distância...
Não quero te ter sabendo que não terei.
A alma em mim grita esta ânsia de te ter, por mais que te queira ao meu inconsciente entregar.
Deixai aqui me proclamar pobre vagabunda de mim mesmo de dizer as palavras que nunca vais saber, esta ânsia de te ter.
Ó Zahir da minha alma por mais caminhos que venha a percorrer e tanto te procurar sei que não te vou encontrar.
Amo-te aqui te digo...
Nada mais temo em esconder e enganar a mim mesma, nada mais temo lamentar quando sei que não me podes amar.
Mas o tempo passa, as estrelas morrem e eu com elas venho a morrer, na minha vida algo em mim mudaste e o mundo a sua forma perante mim mudou.
Grito muda estas palavras tão confusas mas profundas.
E deixo-me pelas estrelas contemplar e novas ruas na vida caminhar, posso no teu caminho não voltar a traçar, mas a luz das estrelas por ti não deixarei roubar, uma por ti nesta vida brilhará e quando olhares triste o céu ela te consolará.
Zahir caminha ao encontro do que a vida te dá, luta no que a vida te limitará..
As leis da vida assim são um limite ou uma pedra que nos empoe para lutar e tudo ultrapassar e novos rumos encontrar.
Aqui só e triste neste meu limite grito muda AMO-TE ZAHIR!!!!!!!!!


P.S - Sinto-me uma parva a escrever tal post.... Sabendo que palavras ao vento aqui digo....

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Estranho


Estranho é tentar amar, sem amar.
Estranho é sentir a necessidade de tocar, daquele olhar, do simples dar a mão e sorrir um para o outro.
Estranho é estar ao lado de alguém que em si é estranho, mas que arrepia a alma só de olhar.
Estranho é a necessidade de o seu olhar por momentos agarrar, novamente aqueles lábios beijar, o tocar... O silêncio de um mero beijo estranho saborear.
Estranho e temivel tentar perceber o que o coração pode realmente querer dizer na presença de alguém.
Estranho será ter por momentos alguém que não é o que idealizo mas conforta a minha alma e tenta o meu corpo.
Estranho é o que sinto e me persegue...
Estranho é saber que de forma estranha posso voltar a amar, temendo novamente voltar a sobrer e a ilusão prender.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Perdida


Hoje sinto-me uma estranha perante o mundo.
Sinto que percorro uma estrada que há muito desejava mas estou perdida nela.
Sinto uma enorme confusão na minha cabeça, uma guerra em mim da qual não consigo lutar.
Sinto uma enorme insegurança, sinto toda esta mudança que tanto ansiava, mas agora temo como uma noite cerrada, em que nem as estrelas e a lua se deixam encantar e o mundo se deixa envolver pelo nevoeiro cerrado.
Não sei neste mundo que desejar, não sei escrever, nem contemplar a beleza do que me rodeia.
Neste momento perdida, não sei caminhar quando sei o caminho a seguir, não sei escrever quando a alma tem tanto para dizer, não sei viver quando luto para viver um dia de cada vez.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Estou aqui


Sei o quanto não andas bem, tenho sentido e tenho visto, lamento tal afastamento, mas entendo que toda esta tempestade que te assombra leva a que te feches mais!
Posso não ser a melhor pessoa do mundo, mas sabes para o que precisares ao teu lado estarei, posso não te dizer o que queres ouvir, o gesto que queres sentir, mas estou aqui, não para resolver os teus problemas, mas para talvez cessar um pouco dessa dor.
Não sou ninguém, mas posso ser um simples alguém na tua vida que nada mudará mas poderá ajudar.
Longe ou perto estarei sempre algures para ajudar, basta chamares ou a tua mão me dar.
Não lutarei nas tuas batalhas mas ajudarei para a vitória sobre ela alcançares.

Já sabes eu estou aqui....
P.S - Lembra-te do que te disse são batalhas como estas que nos tornam mais fortes contra as intempéries da vida, nos fazem crescer e valorizar tanto do que temos.
Desistir neste jogo da vida é batota!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Esperar


Sinto a tristeza de algo esperar, sei que nunca ade chegar.
Mas na esperança de cá estar continuo sem desesperar por um toque ou um sinal deste meu esperar.
Vou brincando com a vida, vou brincando com o tempo, mas sempre na espreita quando o que quero chegue.
Passam horas, passam dias, passa o tempo sem cessar o coração a apertar e sem a esperança perder cá continuo algo a esperar.
O desalento a assaltar, estou cansada de esperar, o vento sobre mim segreda novos mundos, está na hora de esquecer e não mais esperar?
Cá continuo com a solidão sorrindo sem razão reclama a sua razão perda é esta de esperar o que sei que o coração aperta sem cessar.
Viro e reviro a minha alma, choro e rio sempre esperando...
Estou cansada deste pranto.



Esperar, esperar onde isto me vai levar?
Esperar, esperar cansada de tanto contra o tempo lutar.
Esperar, esperar começo a desesperar,
Esperar, esperar, sei que nunca chega este ser do meu desejar!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Amor, amor tanto que se pode dizer do amor


Não tenho sono, a noite não me deixa mais uma noite descansar...
Estava já retirada na minha cama, pensando no nada, nesta solidão envolvente e no dia passado, rezando a Deus palavras perdidas...
Quando recebo uma mensagem de uma amiga desejando que a vida me contemplasse de tudo de bom e de amor... ( mensagens banais de amor e amizade).


Amor, amor tanto se pode dizer do amor.
Como a vida no amor sempre me presenteou com dor e desilusão, fechei-me no amor.
Evito desejar, evito pensar que ao meu lado alguém gostava de contemplar.
Amor dou o mais que posso aos amigos e a família, vivo em função deles, faço tudo por eles.
Então e eu?
E ter alguém que nas noites frias aconchegue-se a mim e aqueça com as suas palavras o meu coração?
Alguém que me inspire a cada novo dia, a cada sorriso, a cada olhar?
Alguém que encontre nos seus lábios o sucesso da minha alma?
Alguém da qual possa contemplar, possa tocar e em mim sentir?

Não sei se existe esse alguém, todos a sua maneira nascemos para amar e ser amados, para ter alguém ao nosso lado.
Hoje aqui sozinha sei que a minha missão não é a cada esquina, a cada momento procurar esse "alguém".
Prometi a mim mesma que apesar desta sombra de solidão, desta necessidade humana de ter alguém ao meu lado viveria em função do amor que dava aos que precisam em meu arredor.

Dizeram-me uma vez que vivia demasiado em função dos outros, nunca pensava em mim.
Se assim vivo é porque em mim não encontro paz ou nesse "alguém", o apoio necessario para amar a mim mesma, vivo para dar aqueles que precisem, fugindo a esta solidão confortando a minha alma com tanto do que dou, mesmo não tendo quem me o dê a mim.
Não precisam de retribuir mas ficarei feliz se o ficarem, com as minhas palavras e apoio.

Mas é em momentos aqui que nem um amigo ou familiar preenche este vazio em mim.
Amor, amor tanto que se pode dizer do amor.

Lamento definir e associar o amor ao passado e à dor...
Mas hoje infelizmente já não há amor, há atracção física...
Onde está o amor?
Triste mundo este...
Amor, amor tanto que se pode dizer do amor...

terça-feira, 8 de julho de 2008

Desprezo


Hoje perguntaram-me qual era a pior atitude que alguém poderia ter para comigo...
Respondi prontamente -
DESPREZO!!!
Vim para casa a pensar nisso...
É um sentimento tão frio passarmos ao lado de um amigo ou de alguém conhecido e nos desprezar.
Faz sentir-nos um animal, um ser pequenino da qual o mundo desconhece a sua existência mesmo sabendo que existe.
Infelizmente quase todos os dias me tenho deparado com esta atitude.
Não sei se me habituei mas faz-me sentir triste comigo, o porquê das pessoas agirem de tal forma.
Sempre disseram-me que " A terra que fores ter, faz como vires fazer", mas não consigo ser assim, quando o faço a minha consciência pesa-me.
A cada dia que passa tomo mais consciencia que pessoas verdadeiras e palavras certas não há.
Lamento a mundo ser assim, nasci no tempo errado! Ou tive uma educação demasiado esmerada para a sociedade de hoje.
Nem tenho palavras que definam o que penso ou sinto ao pensar em tal coisa.

domingo, 6 de julho de 2008

Carta do dia - Rainha de Espadas



Mantendo-se fiel aos próprios ideais

A Rainha de Espadas emerge do Tarot como arcano de aconselhamento neste momento de sua vida.
A mensagem aqui é clara: seja fiel aos seus ideais, não se contente com pouco.
Avalie criticamente o ambiente e corte todas as pessoas e situações que não servem mais em sua vida, sobretudo pessoas que você não avalia como construtivas, afinal todas as relações se pautam numa boa troca.
É momento de você dar exemplo aos outros, através de sua lealdade, integridade e da capacidade de suportar eventuais sofrimentos sem se deixar abater.
Você terá resistência emocional para lidar com algumas situações difíceis.
Procure conversar com mulheres mais velhas que já passaram por coisas parecidas com aquelas que lhe incomodam.

Conselho: Mantenha seu nível de exigência alto, não se contente com pouco.
P.S - Depois do que escrevi esta carta não podia ser a melhor...

Fim


Este fim é positivo para mim e para quem quer...
É o fim que considerarei da sorte para todos que acharem, fim de uma etapa da vida, fim a dor, fim a tudo que tem de ter o seu fim.
Para mim é a aproximação do fim lectivo ( não vejo a hora) e o fim que dará inicio a uma nova maneira de perpeccionar o mundo.
Fim de mais um dia... Que dará inicio a um novo raiar.
E porque nem tudo que tem fim é mau, muitas vezes tem o seu fim, mas volta a se iniciar para novos erros reparar e a vida continuar a contemplar.
Fim é sempre uma hipótese de algo na vida começar tal como o dia acaba outro dia novo nasce!!!!!!

Quem brinca com o fogo.... queima-se!


Agora que mais uma fase da minha vida está a passar tomo noção do quanto tenho andado a
" brincar com o fogo"...
A vida contemplou de um negrume da qual me deixei envolver e com isso comecei a desculpar o que tanto vai na minha alma, do que tanto penso e digo.
Perdi noção dos actos e das loucuras e agora que reflicto acerca de mais uma etapa da minha vida vejo o quanto ( mais uma vez) tenho errado com o que devia estar a aprender a crescer, limito-me a reagir como uma criança e agora triste contemplo o quanto talvez tenha estado a adiar realmente aquilo que sou e tanto do que podia dar.
Deixei-me levar pela preocupação de "miudices" e de ilusões e a triste criança o seu momento de atenção perdeu.
Se é tarde para reparar não sei, mas "mais vale tarde que nunca", abri os meus olhos vendo que o modo como estava a agir não era o melhor caminho.
Tanta fachada, tanta coisa...
Eu não sou assim, sou como sou, tem de me aceitar e vou começar ou tentar mais uma vez começar a ir atrás do que pretendo, separando a ilusão da realidade, a loucura do raciocinio...
Procurar encontrar as pessoas certas, no seu devido tempo, no seu lugar.

Olho ao espelho mal me reconheço, olho a minha alma é tal a confusão que me deixo alucinar pela perdição.
Sempre tão ponderada e realista, sempre e nunca o fui...
Criticar para depois nos mesmo erros cair...
Esta reflexão apesar de ser um mero desabafo já há muito tempo que perturba o meu pensamento.
Está na hora de dizer sim quando quero e não quando não quero...
Farta de tanto querer agradar, quando nem me sabem devidamente valorizar.

Este espaço está demasiado pequeno para mim, demasiado pesado e silêncioso.
Nada me agrada, nada me contém, todos os fantasmase apoquentam, todos os pensamentos me invadem.
Mas agora pelo menos já me orientei...
Não vou desistir, vou lutar contra quem me quer pisar, quem me quer torturar pelo que quero e não fiz, chega de preocupar com o alheio, darei a minha mão de amizade no seu devido tempo, cá estarei, mas para quem a usou e abusou fecho-a, lamento mas quem de mim abusa nada mais tem.

Ainda não me encontro aliviada de tudo que persiste em mim, mas no seu devido tempo chegarei " Mais além..."

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Anjo Negro


Caminhas no silêncio da vida,
Não conheces uma luta vencida,
Desejam ao céu te levar,
Mas o seu caminho só tu sabes chegar.

Caminhas nesta escuridão,
Conheces cada espaço da perdição,
Não perdes a noção,
Desta vida de ilusão.

Caminhas por caminhar,
Algum sentido procuras encontrar,
Desejo ardente de lábios fogosos beijar,
E sobre o seu corpo navegar.

Caminhas na loucura obscura,
Com esse rosto de pura doçura,
Olhar com tanta ternura,
Alma de tanta tortura.

Anjo negro da minha alma,
Quem sois vós,
Neste amor,
Que aperta com tanta dor.

Anjo negro em mim,
Porque desejas soltar,
Quando sabes,
Que sobre este mundo não podes voar.

Anjo negro é a minha alma,
A minha inspiração,
Que contempla esta noite,
Procurando algo na escuridão.

Anjo negro deixai este desejar,
Não quero mais sobre tais desejos navegar,
Sabendo que em mim persistem sem cessar,
Por favor deixai a minha alma descansar.



Saudades destes desvaneios By "Hagia soul".
Há muito tempo que não escrevia assim.
É desta noite que não me dá descanso, mas a loucura de puras ilusões me deixei voar.
Acabo assim aqui perdida e só por delirar, por tanto pensar no que me rodeia, na falsidade e nesta solidão que me contempla.
Raiva de mim mesma por...
Anjo negro que sou não posso mais de mim libertar e nestes desejos embalar.
Talvez a saudade de tal amor contemplar e a cada momento desejar nos seus braços estar.
O meu coração está de tal forma ferido que se deixou fechar sabendo que acaba por desejar amar e lutar no que a alma espera e o corpo pede.
Raiva de mim mesma por...
Anjo negro...
Contempla a noite,
Silêncio a noite é tua!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Intervalo - Perfume e Rui Veloso

O que se ouve por estes lados!!!!!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Contemplação


Hoje desejava parar o tempo, parar por momentos a vida.
Contemplar o mundo aos meus pés inerte...
Desejava por tanto desejar, desespero por em meu poder nada ter, nem a minha vida de momento consigo controlar...
Deixo-me embalar pelo nada, como gostaria que a minha alma do corpo soltar e finalmente a sua liberdade gozar.
Sinto-me impotente perante tudo o que me rodeia...
Deito-me sobre as estrelas, contemplo o céu, contemplo o silêncio.
Procuro as suas palavras...
Vivo um pequeno intervalo da vida, deixo-me ir.
Voo por onde nunca voarei, desejo o que nunca terei, desejo o tanto desejei e a vida roubou.
Choro pelo tempo perdido, pelo que passa e pelo que me espera.
Choro porque nem em Deus encontrar a Paz que lhe peço, choro por não ter forças para erguer as minhas mãos ao céu, não ter coração e esperança para mais uma prese.
Sinto-me uma mendiga na vida, que se arrasta por caminhos estranhos em busca de um aconchego, de uma palavra, de uma luz.
Fecho os meus olhos deixo-me contemplar pelo silêncio que nos seus longos braços que me acolhe.
Porquê tanta pergunta, tanta confusão em mim, quando a minha volta sei que há quem precisa da minha mão, do meu apoio, do meu riso frenético mas caloroso.
Suspiro neste vasto silêncio frio e penoso.
Eu sou esse silêncio que acolhe em mim as minhas palavras e os meus medos, que acolhe tanto do que sou...
Não sei amar, não sei sequer respirar...
Pudesse eu mandar no tempo, para tanta coisa mudar e ao seu lugar retornar,
Pudesse neste momento morrer para voltar a nascer,
Pudesse sem puder tudo fazer,
Pudesse entender a frieza e o afastamento de tanto ser,
Pudesse ter no momento certo as palavras certas,
Pudesse eu recolher num saco todos os problemas e dor que no coração dos que amo e dos que sinto que não estão bem, para o mar mandar e nas suas vidas o sol voltar a brilhar.
Pudesse eu, mas não posso.
Lamento contemplar tamanho negrume da vida.
Lamento não ser ninguém,
Lamento por não poder indicar um caminho, uma formula magica para tudo o que consome as almas que me rodeiam.
Lamento a dor que dou aos que me rodeiam, mesmo que a esconda, ao receio de desistir da vida.
Sofro pelas lágrimas da minha Mãe, pelo desalento do meu Irmão e o silêncio de dor do meu Pai, sofro por saber que causo com o meu silêncio e a tristeza dos meus olhos tal tristeza em vós.
Contemplo este tempo, este vazio espaço, este vasto céu...
Contemplo desejos perdidos sobre as estrelas...
Acredito que elas me estão a ouvir...
Acredito que um dia tudo melhorará e o tempo no seu tempo retornará a fazer sentido...
Acredito que um anjo tão perto e tão longe me contempla e me guia...
Acredito que tudo nesta vida se resolve, que depois de uma tempestade ou de uma cerrada noite o sol volta a bilhar.
Acredito que eu e quem neste momento vive preso as tempestades da vida, seu rumo encontrará, seus sonhos realizará.
Acredito que numa triste noite alguém ao meu lado um dia confortará o meu coração com as suas palavras e o seu calor.
Acredito que por tanto acreditar, neste profundo escrevinhar tudo lentamente se encaminhará e quando menos esperar a vida novo sentido encontrará e nos rostos dos que mais amo os seus sorrisos contemplarei.
Deixo-me contemplar e lentamente embalar sobre a noite envolvente...
O amanhecer algures se encontra e novo dia nascerá!!!