quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"As coisas só deixam de existir quando deixamos de acreditar nelas"


"As coisas só deixam de existir quando deixamos de acreditar nelas."

Nada melhor que esta frase para começar o post.
Hoje vi que se acreditarmos em nós e nos nossos sonhos conseguimos tudo.
Visionei hoje o lançamento de um livro, o lançamento de um sonho, daquele menino que tantas vezes nos claustros da escola lia poemas, levava para vender aos colegas os seus livrinhos imprimidos em casa.
Vejo ainda a sua imagem na escola com uma caixa de papel repleta de pequenos livros a 6 euros...
Vendia ali uma história, alimentava um sonho, da qual todos o gozavam e desprezavam na frieza humana.
Hoje lançou um livro, o mesmo livro que tantas vezes ele queria ler excertos para os colegas e o gozavam.
Estou muito contente por ele e este pequeno testemunho reflecte que os sonhos podem se realizar.
Por isso cá deixo, não uma réstia de esperança para aquele amor, para aquele sonho que parece já não ter cor...
Mas uma janela aberta para voar e todos os sonhos amanha realizar.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Músicas....

Hoje parei para ouvir músicas que contam tantas histórias...
Músicas das inúmeras festas, das noites mundanas... Das noites de fado... daquela voz de menina que tantas vezes cantou para mim.
Músicas que roubam um suspiro do meu coração, esboçam um sorriso na minha alma.
Músicas de noites de danças constantes na chuva, pintando a vida da cor que era...
Músicas que lembram a pele, o toque, a lágrima perdida... o beijo...
Músicas que antes tudo diziam e agora nada mais significam que recordações a preto e branco...
De palavras e promessas feitas... Que ao vento se entregaram.
De laços de amizade criados da qual o tempo, os erros e a distância amaldiçoam sem perdão o que ontem tinha toda a sua razão.
Danço em inúmeras recordações de músicas que abarcam a amargura no meu coração daquilo que tive e hoje já não tenho.
Danço aqui só naquilo que fui e já não serei.
Tento cantar, tento pedir ao vento para o tempo parar...
E nessa amargura me deixo embalar...

São músicas.....

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O conto no silêncio morto

Podem ver-me como uma rainha, uma deusa, vejam como desejam.
Mas luto sem forças numa batalha de inveja e hipocrisia por uma realidade que se move à base do ar que os outros respiram.
Pareço segura, transpareço uma pessoa que não sou na luta continua de não ficar submersa nesta sociedade.
Choro nas eternas e longas noites a minha existência.
Balanço todos os dias numa solidão que dança em mim sem perdão.
Nada tenho, nada me rodeia, nada consigo construir na entrega eterna frieza da alma.
Nada resta que a dor na companhia da solidão a caminhar no meio da multidão.
Luto, acredito, amo e assim escrevo continuamente a minha historia.
Perdida nestas letras tento perceber quem sou e para onde vou.
Procuro o carinho no sorriso de alguém, procuro apaziguar a alma deste ser nauseabundo que sou.
Escrevo nas palavras a dor muda de querer talvez um dia saber o que é amar e ser amado.
Apercebi-me que o meu trajecto, o que sou, nada é, nada me resta nesta imensidão.
Quero gritar, quero partir e não olhar para trás.
Quero os meus erros apagar, quero que este mundo esqueça a minha existência e novo rumo tomar e não mais voltar.
Olho para o mundo, que roda numa roda continua na sua frieza imensa.
Escondo-me numa pessoa que não sou, rogo pragas a cada dia que passa e cá continuo a viver.
Culpo-me do que o mundo faz de mim e desejo o amanhecer de amanha já não ver e sentir o relogio a bater.
Aqui conto no silêncio morto a história da menina....