quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Slipknot - Vermillion Pt. 2

Missão


Vagueando por entres as sombras circundantes, saboreio o silêncio do barulho deste tormento.
Questiono-me da missão pela qual a este mundo pertenço.
Passo pontes, olho longas linhas de comboio na procura de um caminho...
Vejo as pessoas a correr, ouço algures o choro de uma criança...
E assim deixo-me embalar em inúmeras questões de quem sou e para onde vou.
Não quero viver na correria desta sociedade, não quero sentir as mãos não desejadas, não quero sentir o corpo inerte de quem não se ama.
A sociedade vive numa ilusão, num complemento falso, numa procura constante do outro que não pará para conhecer.
Todos procuram no brilho de uns olhos a fuga à sua solidão, num sorriso, numa beleza que o tempo envelhece e destroi.
Todos procuram uma falsa fuga de si mesmos, vivendo numa fachada que ao ruir não volta a erguer.


Amar hoje é um complemento terreno, cada vez mais o sinto, que não passa de uma palavra materialista e obsessiva de quem quer ter alguém ao lado para enganar a sua solidão.
Vivem o amor numa essência carnal e voraz e não como um complemento de ser.
Talvez o tormento da minha alma provenha dos meus erros da outra vida.
Talvez sofra hoje em não entender o que me rodeia, porque quando o podia fazer, quando tinha tudo,destrui na entrega profano do que era o amor.
Caminho e vivo nesta sociedade na procura da minha missão, daquilo que sei que não terei e jamais merecerei....

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

AMAR

O carinho de um recém-nascido é a forma mais pura de amor, sem segundas intenções, sem receios, sem urgência.

As crianças aprendem a perder essa capacidade inata de amar.

Sabes quando alguém te abraça e tu sabes que te ama?? Sem qualquer dúvida, julgamento, receio, hesitação??

Sem pensar nas compras, no dia de trabalho, como vai ser o amanhã??

Se és alto, baixo, magro, gordo, esperto, burro, bonito, feio, atraente ou asqueroso?

Completamente dedicado a usufruir do momento e do prazer que retira dessa carícia??

Assim é o amor de uma criança (à medida que envelhecem isto muda infelizmente).

Sem exigências, questões ou necessidade de entender ou racionalizar.

É amada e ama como resposta... quando é que nós perdemos essa capacidade?

Quando é que deixámos de nos contentar em amar e ser amados, para procurarmos de forma obcecada quando não temos e quando temos temermos com o mesmo fervor a sua perda?

Quando nos tornámos reféns do que precisamos? Amor, respeito, carinho, companheirismo?

E quando é que isso se tornou em estatuto? Por estarmos com alguém bonito, atlético, inteligente, bem sucedido, rico?

Quando é que nos deixámos de preocupar em fecharmos os olhos e usufruirmos de alguém para nos preocuparmos no reflexo que esse alguém tem aos olhos dos outros?

Não bastará ser a luz dos NOSSOS olhos? O ar que respiramos? O sorriso dos nossos lábios? O sal das nossas lágrimas?

Quando é que a pulsação, o calor, o suor tomaram conta dos nossos sentidos???



P.S - Mereces destaque no meu cantinho


Resposta by Hagia

Há dias queria escrever o que era o amor.

Olhei à sociedade inerente e apercebi-me que o "mundo dos grandes" não sabe o seu verdadeiro signifcado.

Procuram uma imagem ficiticia, um complemento falso mas visivel e aceitavel na sociedade.

Ri-me ao ver isso.

Apercebi-me que era como uma criança, quando gosto acarinho, nem preciso de dizer nada. Se não gosto mostro o meu desagrado e sem ferir continuo no meu mundo.

Apercebi-me que não quero crescer, não quero ser como os grandes, não quero amar nem construir a vida como vem que tem de ser construida.

Às vezes choro porque procuro as palavras, os gestos, para mudar as pessoas, no sentido de entenderem que amar não é como vivem, mas é abraçarmos com carinho, chorarmos na alegria e na tristeza, é dançar na chuva, é rir do nada, é simplesmente ser o que somos enquanto pessoas e não termos vergonha disso.

É amar na sua simplicidade por aquilo que a pessoa é pelo seu falar, pelo seu estar, rir, sentir que somos alguém.

Uma vez disseram que a missão de vida de cada pessoa é aprender a amar. Acredito que assim seja, e lamento que cada vez mais amar é definido como algo carnal.

Para mim amar não é esperar retorno, nunca procuro o que dou, porque ai se encontra a verdadeira essência de amar, de estar presente, de valorizar.

Amar palavra que tem tanto por onde começar mas não vejo o ser terminar.

Defina o que a sociedade definir, o que os outros acharem e criticarem por não corresponderem aos itens de beleza, ao estatuto, a palavra AMAR está nas mãos das eternas crianças que continuam a acreditar em si mesmas e na verdadeira essência de viver e amar o outro.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Hagia who is she???????

Se agora pedissem para dizer quem sou e para onde vou , responderia, não sei!
Sou forasteira da minha alma, caminho por onde não sei, escrevo o que espero dar resposta a este tormento, que me embala na noite e sufoca de dia.
Hoje Hagia não sabe quem é para onde vai, o que quer.
Hagia navega num mar se fim, sobre um tom de frieza e dor que nem ela entende.
Hagia procura palavras, procura tanto de si, e nada sabe.
Grito muda, chora sem lágrimas, cai sem cair.
Sinto a minha alma nua aos conflitos de mim mesma.
Sinto os fantasmas do passado, sinto a dor do presente e a solidão do futuro.
Sinto uma raiva, sinto o que luto para não sentir, para não desejar e não ser escrava de mim mesma.
Quem é a Hagia? Quem sou eu? Que mundo é este? Que vida é esta? Que dor e tormento é este?

Danço e contradanço

Sinto a chuva na minha face
Vou dançando na loucura da vida,
Tocando no céu, agarrando a chuva, beijando a luz.
Danço e contradanço no palco da vida.

Na história que aqui só escrevo,
Na esperança de algo me puxar,
Aquela mão me tocar,
E para longe me levar.

Danço e contradanço,
Numa agonia abafada,
De um espaço vazio,
Desta alma perdida.

Danço e contradanço,
Na dor da alma,
No engano do amor,
Na definição de uma paixão.

Quero dançar, quero voar,
Quero o mundo parar,
E algures esse ser encontrar,
E a minha alma apaziguar.

Deixo-me voar sobre esta dança,
Deixo-me embalar nos braços nunca sentidos,
Nos beijos nunca dados,
No amor nunca vivido.

Danço e contradanço...