sábado, 9 de outubro de 2010

Estrangulamento


Paira em mim uma aura negativa.
Sinto o mundo à minha volta a desvanecer.
Hagia contorce-se por lutar, neste inigmático caminho, assume aquilo que não é, está cansada.
Sinto algo a sugar a minha força, a minha luta, os meus sonhos.
Ai pudesse eu o tempo parar e por entre o mar voar, sem olhar...
Quero rumar, ao encontro do que sou e voltar a sorrir e a pintar a vida tal como ela é.


Sinto o estrangulamento da inveja, da vaidade, da fachada desta sociedade, que vive em função da alegria dos outros.
Não sei o que é sorrir, não sei, quando deveria saber.
Estrangulam-me com as mãos frias e impiedosas de tais seres imortais perante a minha existência.
A permanência de fantasmas do passado que ouçam os meus sonhos tocar e a minha alma esfriar.
Tempestade revoltante na procura de um caminho, de um sossego...
Temo as palavras que dizem, temo tudo e todos, temo cair e não conseguir voltar a cantar e a dançar como a interna menina que um dia fui.
Tento dar a mão, mas tudo não passa de uma ilusão.
Mereço tal dor, tal estrangulamento de não poder gritar o quanto a liberdade e os sonhos são a minha função de viver.
Desnorteio no escrever e viver do que sou e quero ser...

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