segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Noite...

Ela sabe como cada noite é uma tortura na sua essência...
No negrume da noite ela sente os seus passos.... tão perto...
Sente sobre o seu longo cabelo o respirar dele, o desejo dele... o medo dela.
Deseja-o mas teme o seu cheiro, o seu corpo, como um martírio.
Envolve-se nos seus braços desprezivéis, mas tão ambicioso desejo de o envolver em si, de o beijar e poder amar.
Tortura de amor incandescente, da bela poetiza morta, que se envolve no negrume da noite, no silencio de um amor que não tem palavras para descrever o quanto é uma dor sem fim.
Grita num grito mudo o impiedoso desejo de o ter, o afastar dos seus braços, o arder daqueles lábios...
Que à noite ao se afastar... num novo amanhecer é a frieza de uma alma.....

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