As ruas cantam no silêncio deste dia frio.
As árvores sacudem de si o seu peso,
As nuvens teimam em querer roubar o sol,
As pessoas correm que nem doidas,
Na fúria da monotonia,
Fugindo de si e dos seus pensamentos,
Afundando-se na magoa de triste dia.
Eu ando entre elas,
Na luta da frieza deste dia,
Na luta desta alma,
Que vive doente de tão ausente que está.
O mundo se envolve na neblina da noite,
Que sorrateira se aproxima.
O dia frio e a noite triste,
Apagam as luzes da alegria,
Apagam a felicidade de quem o mundo contempla.
Fria e inerte ao que me odeia,
Saboreio o nada,
Sinto a solidão de amar.
Que persiste em mim se abraçar!
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