segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Triste dia


As ruas cantam no silêncio deste dia frio.

As árvores sacudem de si o seu peso,

As nuvens teimam em querer roubar o sol,

As pessoas correm que nem doidas,

Na fúria da monotonia,

Fugindo de si e dos seus pensamentos,

Afundando-se na magoa de triste dia.

Eu ando entre elas,

Na luta da frieza deste dia,

Na luta desta alma,

Que vive doente de tão ausente que está.

O mundo se envolve na neblina da noite,

Que sorrateira se aproxima.

O dia frio e a noite triste,

Apagam as luzes da alegria,

Apagam a felicidade de quem o mundo contempla.

Fria e inerte ao que me odeia,

Saboreio o nada,

Sinto a solidão de amar.

Que persiste em mim se abraçar!


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