quinta-feira, 14 de abril de 2011

Arde


A ironia paira no ar.
Risos inconfundíveis na minha alma... eu sei o que é, quem é e porquê...
No meu coração queima a mesma mão que dei tantas vezes para os outros, na minha inocência, na minha ternura, sabia que podia vir a queimar e assim foi...
Acreditei, deixei levar e assim mais uma vez deixei-me enganar.
Cada vez menos acredito que existe amizade, existe conhecidos para os momentos da solidão falar, umas noites sair, mas na solidão da vida ninguém recorda promessas nem palavras...
Queima lentamente o que sou enquanto pessoa, congela o meu coração...
Agora sim podem dizer o quanto sou fria, calculista, porque assim vocês me tornaram!
Obrigado por me tornarem cada vez mais na pessoa azeda que sou.
A solidão naquelas noites e naqueles dias ofuscos é que até me consolava... porque apesar da sua frieza não me queimava a alma.
Obrigado pelas palavras, pelas promessas, por tanta coisa que ao vento nada valem e que tanto para mim valeram, numa cegueira constante, numa alegria que pensava estar a viver e afinal não existia.
Não sei fazer perguntas, nem procurar respostas, perante estas lágrimas que correm na minha fase e ninguém as ampara.

E lentamente arde e arde cada palavra e cada recordação....

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