terça-feira, 15 de março de 2011

Hagia who is she? (II)



Hagia não é uma mulher bonita...
À sua maneira marca, à sua maneira vive...
Hagia não ama, porque tem medo de amar...
Hagia é uma pobre alma que caminha de encontro a algo que a conforte, luta para ser uma mulher "grande".
Esquece-se de si mesma, esquece-se que mesmo rodiada de gente, à noite na sua cama lá encontra a solidão deitada à sua espera.
Todas as noites a aconchega na sua frieza e no seu silêncio, gritando por entre lágrimas que nada terá, nem nada Hagia será.
Solidão essa que são fantasmas, é a imagem de um passado que devia de ser a luz para a sua fuga...
Mas enquanto Hagia procura fuga naquilo que um dia foi o seu passado, foge daquilo que pode encontrar no seu presente...
O tempo passa... massacrada pela sociedade inerente, pela malícia das pessoas que a rodeiam, ela chega ao seu mundo...
Triste e frio apercebe-se que os amigos, a sua fuga nos braços de alguém encontraram...
A família nada mais é que um mero esboço de tristezas e fantasmas...
Ela teme aquela sombra que a espera todos os dias...
Recordando que o tempo passa e Hagia só continua..
Recorda-a que os amigos passam, que os amigos vão e podem não voltar.
Recorda-a das inúmeras promessas, das inúmeras esperanças de que ela um dia aquele ser acreditou a amar... Mas ao partir não mais ela voltou a sentir... O seu sorriso, a sua voz...
Sentia a solidão, o desprezo, o engano, a mentira... o uso compulsivo.... Tudo isto amarra Hagia à dor... a uma luta que ela sabe que não tem fim.
Hagia hoje não quer recordar... luta para não amar... e na eterna noite pela solidão se deixa embalar...

Sem comentários: