quinta-feira, 17 de março de 2011

Hagia recorda-se hoje enquanto menina...
Enquanto menina singela... A eterna menina.
Aqui debruçada ela escreve o que lhe vai na alma, não interessa se o leitor entende a sua magoa... mas as palavras são a sua fuga.
Hoje ela chora, como em menina, como quando caia ou a sua Mãe repreendia por pequenas brincadeiras de criança, brincadeiras que os adultos ralham porque não entendem o mundo de fantasia que as rodeia.
Hagia não chora por ser repreendida, mas por neste momento, quando acreditava que tinha encontrado resposta às suas questões, tudo muda...
Não lhe falem de sonhos.. eles já não existem...
Todos a rodeiam, todos gritam para que Hagia fique ou vá...
Olha ao presente e teme o futuro... olha ao passado e sente os fantasmas presentes...
Para onde vai ela, o que quererá ela?!
Ninguém sabe, nem mesmo ela, que grita numa luta impune, do caminho a escolher, da guerra a vencer.
A solidão não comenta, os fantasmas atormentam rindo na sua vitoria...
Hagia chora na sua revolta constante, na agonia de não saber para onde ir, o que lutar, o que vencer... o que amanha ser.
Uns abraçam a sua escolha, outros a repudiam...
Ela sabe que ao ceder a uma delas, alguém perderá... será justa essa perda?
Pobre Hagia que corre por estradas cheias de pedras, que cai em abismos sem fim...
E por mais que lute, por mais que sonhe, ame, acredite, acaba sempre só a divagar no seu mundo incompreensivel....

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