segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Em Palco Medeia


O silêncio emanava por entre o público, as suas vestes no silêncio de tal multidão caminhavam em palco.
Com o seu olhar profundo, a sua dor interior, a sua alma possuidora gritava "Quem sou eu neste imundo mundo, quem?"
Com vestimenta negras como a profunda noite, reflectia a dor do mundo, a raiva de amar, a sede de enquanto Medeia a sua sede de vingança completar.
Sentia-se dona do mundo, mas possuidora do nada.
Que nem doida no seu palco gritava a eterna guerreira da pura traição do seu amor, da sua inspiração, guerreira da guerra que não quis mas que em si emanava.
O silêncio do público apoquentava a sua alma possuída de tal sede de vingança.
"Quem sou eu ? " - gritava ao vento sem obter resposta.
Pura alma de Mãe que seus filhos entregou a vingança da sua tristeza de viver, na sua sede de vingança gritava a sua tristeza que entregou ao destino acabando só em palco e entregue as almas penosas e criticas do público frio e presente.
Esta é o começo da história de Medeia que acabou em tragédia e entrega ao destino do palco da vida.

As cortinas se fecharam, não sentiu o calor do público a aplaudir o seu mérito da vida.
Nas sombras da cortina do seu palco chorou sobre a sua escuridão e a guerra do seu coração.

Fim da peça em palco que o mundo não parou para compreender!
Medeia nas sombras da vida se entregou e morreu na dor da solidão!

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