terça-feira, 23 de setembro de 2008

Fachada

Quanto vezes nesta injusta vida não deixamos de ser quem somos para nos integrarmos, para entrar num grupo, para viver aquilo que tanto desejamos, procurar viver a vida.
Matamos tanta vezes parte do que de bom em nós há.
Vimo-nos obrigados a sorrir quando nos apetece chorar, a conviver com pessoas quando nos apetece estar retirados do mundo. No meio de um sorriso falso para alguém foge uma lágrima, a desculpa do calor... A dor do coração.
Olhamos ao lado e tudo aquilo que tanto desejamos viver, o ambiente as pessoas idealizadas, as loucuras tornaram-se em algo repunegante, triste e medroso, sozinhos nos deparamos a contemplar um espaço que nada nos diz, a observar pessoas e atitudes que nos fazem pensar
"Que estou aqui a fazer?".
O grupo dispersa-se na alegria da noite, por mais agradável que seja o ambiente mais a solidão aperta, as palavras, as atitudes é tudo desculpa do álcool, mas por mais desculpas que me digam, por mais sorrisos que façam, vejo o "tropeço e palhaça" que sou.
Fartei-me desta vida, desta gente, lamento sonhar caindo por terra a minha inocência, soltando o "nojo" ao pensar em algumas coisas, ao ver outras.
Lamento ter chegado até onde cheguei porque um dia sonhei algo que não existia nesta sociedade se não como uma fachada.

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