quarta-feira, 28 de maio de 2008

Eide eu entender...

Remorsos - Salvador Dali
Sentimento que me invade por viver demasiado em função das pessoas que amo



Tirei o dia de hoje para descansar, dedicar a mim e a tudo que gosto. Como descrevi no post a minha pequena fuga por entre as ruas e ao encontro do Rio Mondego, na necessidade de me deixar voar em pensamento para longe do que em mim vai, ajudou criou uma nova inspiração para o que sinto.
Mas o meu puro sorriso se deixou apagar perante um sentimento de raiva, por de uma pequena fuga no caminho de regresso a casa me deparar, com um suposto amigo, cheguei a falar-vos num post anterior a desilução de uma profunda amizade que pensava exisitir.
Falei para ela como se nada tivesse acontecido era eu a lesada, mas por momentos queria esquecer e falar com sempre faziamos, mas o seu desprezo e vergonha era de tal forma fria que me fez sentir a culpada ...
Senti-me triste, mal comigo mesma, desvastada por um acto que não cometi mas tinha de o pagar.
Eide eu entender a razão de tal desprezo???
Podem-me fazer de tudo mas o desprezo para mim é como se roubassem tudo o que tenho. Senti-me um trapo, um ser insignificante... Posso ter muitos defeitos, eu sei que tenho e assumo, sou um ser extremamente complicado de se chegar e entender, mas na amizade dou tudo que for preciso dou tanto que depois tiram-me tudo...
Assim foi, roubou-me um pouco das inspirações da minha vida, a sua alegria, brincadeiras e conversas, mas agora penso em momentos em que precisei de ajuda ela ao meu lado nunca esteve, a sua vida era demasiado preenchida para tirar um momento para falar. Ao seu lado estive sempre, ajudei e vivia com ela os seus problemas, para quê? Agora trata-me como um desconhecido.
O meu problema é viver mais pelos outros do que alguém alguma vez por mim viverá.
Uma das flores com mais espinhos do meu jardim se deixou esmorecer porque quis... Eu criei com todo o amor que tinha, mas a sua vaidade era tanta que acabou por se estagnar.
Cheguei a casa e senti novamente o seu vazio, tranco-me no meu mundo, choro compulsivamente, raiva, raiva, raiva...
Eide eu entender a ausência das palavras de um ser, o desprezo de um amigo, a solidão do meu coração.
Queria tanto neste momento ao meu lado alguém que entende-se o que sinto, falar ou simplesmente sobre os seus braços chorar.

Aqui me deixo mais uma vez entregue a minha solidão...