quarta-feira, 28 de maio de 2008

Novo Raiar


Após mais uma noite de desvaneios e assombrações da minha alma, acordei apesar da tempestade do meu coração, com uma perspectiva diferente do normal.
Deixei-me embalar por mais um novo raiar, afastar a tristeza da minha alma, fechar os meus olhos e sentir o sussurar da vida, do sol sobre mim, da confusão das ruas, do falar e andar das pessoas...
Aquele dia na minha alma era uma raiar de nova era, em que procuraria viver um dia para mim, afastar-me das sombras que me cobriam.
Caminhando por entre ruas, traçando com pessoas e sentimentos, deixo-me ir...
Contemplo o que me rodeia, deixo sentir a alegria ingénua das crianças que brincam pelas ruas... Contemplo e deixo-me silênciar sobre a fuga de tanta gente, sussurar-lhe tamanha tristeza em mim, sentir os seus sábios conselhos...
Sempre retido no seu silêncio acalma-me a alma, deixa-me voar sobre ele, ser aquilo que não sou...
Sentir perante ele com tamanho respeito e ao mesmo tempo no silêncio do seu caminho um estado de calma...
Rio Mondego...
Tantos segredos escondes mas tanta dor acartas de seres que tal como eu perante a tua contemplação largam lágrimas e suspiros, desabafam o que as suas almas acartam.
Agradeço a Deus por ver e sentir a sua criação, de perante tal dor apaziguar o meu coração na contemplação da natureza.
Sinto-me protegida por momentos, acompanhada e amada.
Deixo-me encantar pela ilusão, desejando partilhar tal sentimento de encanto, de sentir no calor de uns braços toda aquela essência mágica que me rodiava.
Afastei tais pensamentos, larguei um enorme sorriso, sentia-me leve, afastada e livre como um pássaro da tempestada da minha alma, o sol brilhava em mim.
Olhei o caminho de returno a monotonia da vida, senti-me invadida de tal receio de perder o meu puro sorriso, mas ao seu encontro caminhei.
Novas perspectivas abriram-se na minha alma, o que um lugar, um momento de reflexão dedicado a mim, afastando-me do balbúcio da vida ajuda a ter uma perspectiva diferente do que sinto.
Não estou bem eu sei mas sempre que aquela dor na minha alma apertar, vou os meus olhos fechar e sentir em mim o tocar leve da essência mágica que o rio Mondego acarta consigo e um longo sorriso largar sempre a imaginar um lado puro de nesta vida de forma diferente amar.

1 comentário:

filha da noite disse...

senti-e na obrigaçao de mostrar o meu apreço pelas tuas sabias palavras que em muito me ajudam... se nao for mais ajudam-me a esquecer os tormentos da minha vida... gostaria de escrever algo que se tentasse comparar ao que escreves mas é-me de todo impossível...
apenas te deixo mais uma vez um "obrigada por tudo" ( e por nada) basta-me a tua companhia para sentir que tenho alguém em confiar...