quinta-feira, 29 de maio de 2008

Ao encontro do meu Ser...


Perdida nos meus afazeres e pensamentos, questiono escolhas do passado e escolhas para o meu futuro.
Onde estaria eu se não estivesse em Coimbra???
Que ambições e lutas tinha entre as minhas mãos, que sonhos alimentava no meu coração???
Não sei...
Assim escolhi este caminho, traçei o meu destino da qual ainda adormecida apalpo no escuro por algo que me leve até algum sitio que tanto desejava.
Sinto-me perdida e desamparada perante um sonho que idealizei mas acabou por esmorecer perante uma realidade oposta.
Lidar com pessoas diferentes, um meio diferente, uma casa diferente... Tem sido uma luta constante da qual não contava.
Compreender com quem lido, a razão de desprezo a sua frieza...
Estava demasiado protegida para agora me deparar com esta realidade.
Senti a minha imaturidade como uma barreira para a vida.
A ideia de já estar crescida, de superioridade caiu por terra num mundo de perdidos.
Agora olho-me de forma diferente, sinto as coisas de forma diferente... Sinto que estou diferente.
Mudaram as minhas ambições e percepções de tudo que me rodeia, sei lidar melhor comigo e com esta solidão que me acompanha.
Custa ainda aceitar, deixo-me tantas vezes deslizar até um poço sem fundo, mas não desisto de lá sair.
Sei guardar as lágrimas e as emoções nas situações, guardei para mim os impulsos e tanta coisa boa que às vezes apetece na ingenuidade partilhar.
Vivo mais em função de mim, na necessidade de mudar no aspecto fisico mas interior especialmente amar-me e respeitar.
"Se não gostar de mim quem gostará". Vivo um pouco em função desta frase, até agora estava mais preocupada em ouvir o que os outros diziam para eu fazer, o que mudar.
Não cheguei a lado nenhum, vivi em função do que não era, mas agora procuro viver em função do que estou a descobrir em mim e do que sou verdadeiramente.
Não estou contente com coisas em mim, vou procurá-las modelar, porque muitas já não vão mudar..
Sinto que finalmente vou ao encontro do meu ser.
Custou e vai custar aceitar tanta coisa com que me vou deparar e pensar, mas agora em função de mim viverei e crescerei.
Está na hora de largar este dependência de tanta gente, esta imaturidade que não me leva a lado nenhum.

A Hagia lentamente descobre o seu verdadeiro Eu!


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