terça-feira, 10 de junho de 2008

Presença constante


O sol brilha com uma beleza vasta.
Ilumina o mundo numa alegria contida, ilumina-me nesta solidão.

Tenho imenso que fazer, tanto para pensar, recolhida no meu espaço, agora deu-me uma vontade de falar, de ter alguém ao meu lado, de partilhar recordações, de passear a beira rio, de falar coisas fúteis, de olhar para o lado no silêncio das palavras e ter alguém ao meu lado que não o telemovél, nem o messenger, estar aqui ao meu lado, um ser.
Tudo me deixa instável, preciso de companhia, não gosto da solidão que me contempla sorrindo, deixa-me receosa de um futuro próximo, solta em mim o fantasma do passado.
Quanto mais procuro remar contra ela, ocupando-me mais a sinto.
Hoje o apartamento é demasiado grande para mim, as recordações demasiado vagas para recordar, o sol demasiado ofusco para contemplar, o mundo demasiado estranho para descobrir.

O meu maior medo para a vida.... A solidão!!!!

Joseph F. Newton:
“As pessoas são solitárias porque constroem paredes em vez de pontes”.
Esta frase "roubada" do blog de um outro ser que tal como eu luta nesta eterna batalha da solidão, fez me pensar.
Pelo estado em que me encontro esta frase muitas vezes me assombra a alma e talvez tenha sentido, esta solidão em que persisto pode ser pelo meu medo inconsciente de construir mais pontes com os outros, de estar presa a um passado, que consome o meu futuro...
Vale a pena pensar nisto!!!!!

1 comentário:

Filho disse...

Cara amiga,

Se a vida fosse feita só de planícies, não saberíamos nunca qual a beleza de um nascer do Sol que se vislumbra no horizonte por trás de uma montanha, nem tão-pouco saberíamos quão belo é o pôr-do-sol que vemos descer lentamente até estar completamente tapado por um monte ou montanha...

Ou seja, se todos construirmos muralhas, acabaremos sós, emparedados em e sobre nós mesmos. Acho que não deve ser lá muito bom...

Sei o quanto custa ser um ser solitário, mas também sei que, na vida, ou arriscamos ou somos riscados...

Neste momento estou a ser, lentamente, riscado da vida. Por minha culpa, claro está. Porque acabei por deixar de arriscar e de lutar afincadamente pelas coisas e pessoas em que acreditava. Até em mim mesmo custa acreditar, e tudo isso porque lembrei-me que era mais fácil levantar paredes em vez de lançar alicerces para umas pontes...

Não faças o mesmo. Até porque à pala disso, creio ter perdido o amor que tanto ambiciono. E sei onde ele está, vê lá tu...

Força e manda a solidão passear...mas sozinha e não contigo, ok?

Bj